Muito se tem especulado sobre o novo vírus que surgiu na China, muitos espalham pânico e notícias falsas nas redes sociais e até diss...

O que mata mais que coronavírus?


Muito se tem especulado sobre o novo vírus que surgiu na China, muitos espalham pânico e notícias falsas nas redes sociais e até disseminam ódio contra os asiáticos.
A taxa de mortalidade causada pelo coronavírus na China continental foi reduzida para 2,1%, segundo informações oferecidas terça-feira pelas autoridades de saúde. Jiao Yahui, membro da Comissão Nacional de Saúde (CNS), disse em entrevista coletiva que o percentual de mortes permaneceu estável após registrar um pico de 2,3% no início do surto. A taxa é calculada como uma razão entre o número de mortes e o número total de pessoas diagnosticadas com a doença.
Autoridades da China acusam os Estados Unidos de disseminar pânico e reagir equivocadamente ao surto de coronavírus. O racismo contra chineses se espalha pela Europa, América do Norte e Austrália. No Canadá, as crianças de origem chinesa estão sendo hostilizadas nas escolas.
O governo chinês tomou medidas imediatas para conter o problema, fechou aeroportos, prolongou o feriado do ano novo chinês para reduzir a contaminação tanto da cidade de Wuhan, província de Hubei, para as demais províncias quanto para evitar o contagio mundial.
O governo chinês construiu em dez dias um hospital com mil leitos para tratar os infectados, já estando em construção um outro a 40 quilômetros de Wuhan, com mais mil e quinhentos leitos. Já foi descoberto o ciclo de reprodução do vírus e já estão preparando testes para fabricar uma vacina contra o corona.
O presidente Xi Jinping ordenou que as forças armadas da China assumam sua responsabilidade, travem uma batalha árdua e ajudem ativamente as autoridades locais no combate à epidemia. As forças armadas estão encarregadas de tratar os pacientes no Hospital de Huoshenshan, em Wuhan.
A nação asiática foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde por seu trabalho para evitar que a doença cause surtos em outras nações. Até o final de segunda-feira(3/02), o número de infectados confirmados era de 20.438 casos e 425 mortes no continente da China.
Aqui no Brasil já surgem nas redes sociais especulações de contágio no período do carnaval época em que o Brasil recebe milhões de turistas estrangeiros e que ocorre muita aglomeração de pessoas nas rua e festas.
Porém a preocupação do Brasileiro deveria ser outra: A dengue. Todos sabem que para interromper o ciclo da doença é necessário evitar a reprodução do mosquito transmissor. Mas continuam a deixar água parada. De acordo com a Agência Brasil “foram registrados 1.489.457 milhões casos notificados de dengue até outubro de 2019, houve 689 mortes em decorrência da dengue em todo o país, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, número quase 5,4 vezes maior que as 128 mortes registradas no mesmo período de 2018.”
São 20,5 mil infectados com Doença Respiratória de 2019-nCoV, (causada por coronavírus), e quase 1,5 milhões de casos de dengue.
As mortes constatadas no Rio de Janeiro pelo indicador CVLI (crimes violentos letais intencionais). Levantamento feito pelo UOL com dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) mostra que em 2018 foram de 5.180 (cinco mil cento e oitenta) e em 2019 ano foram registradas 4.154 (quatro mil cento e cinquenta e quatro) mortes por arma de fogo. Isso só no Rio de Janeiro!
Os brasileiros tem muito mais chance de morrer de dengue ou de tiro (mesmo sendo bala perdida), do que morrer da Doença Respiratória de 2019-nCoV.
Para além dessas informações, se esse surto viral fosse em uma cidade estadunidense, onde não tem sistema de Saúde gratuito como na China, ou no Brasil, o que fariam as pessoas cujo plano de saúde não cobre internações? Os hospitais dividiriam suas dívidas em quantas vezes no cartão?
O mundo tem se mostrado preocupado não com o número de mortes ou contágio mas sim com a queda na atividade econômica devido à redução na demanda mundial causada pela redução de consumo na China.
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou em 30/1 que o novo coronavírus pode criar empregos em seu país.Não quero falar de fazer uma volta da vitória em relação a uma doença muito infeliz e maligna, mas o fato é que dá aos negócios outro aspecto a levar em consideração", disse ele ao canal de notícias Fox Business, "então, acredito que ajudará a acelerar o retorno de empregos para a América do Norte, alguns para os Estados Unidos e, provavelmente, para o México também".
Fica clara a diferença: enquanto um país prioriza a vida, o outro tem como prioridade o lucro.

Fonte: Conversa Afiada, Agência Brasil, UOL, Telesur.

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