Mais uma manhã de sábado nublada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico.
(Zé) _ Bom dia! Como vai?
(Chico) _Vou bem! E o amigo?
(Zé) _Vou bem também, com a chuvinha que deu ontem melhor ainda.
(Chico) _Ano bom de chuva.
(Zé) _Esse ano tem sido bom, não há de que se queixar.
(Chico) _Depois de dois anos de pandemia, parece que a gente voltou a ter mais esperança.
(Zé) _ Só da gente ter sobrevivido já sai mais fortalecido.
(Chico) _E essa transição aí? Parece até que já acabou o governo do Jair.
(Zé) _ Se ele já não governava antes, agora é que ele já ‘tá’ de férias.
(Chico) _Não deixou nada d e legado nesses quatro anos.
(Zé) _Somente distribuição de armas.
(Chico) _E gerou mortes com o remédio que não servia pra nada.
(Zé) _Alguém ganhou uma propina grande com aquela propaganda toda.
(Chico) _E no domingo já é a copa. Agora acaba o chororô dos fãs.
(Zé) _Isso é. Também a justiça já foi atrás de quem estava pagando pra esse povo todo ficar lá.
(Chico) _Tu já viu mais de uma semana esse povo na beirada das estradas, nas portas do quartel, ninguém ali trabalha?
(Zé) _ Me parece que estão tudo vivendo de auxílio do governo, só pode!
(Chico) _Vamos ver o que vem por aí pra fechar o ano.
(Zé) _Tu viu que Tom Zé ganhou vaga na Academia de Letras de São Paulo?
(Chico) _Vi não.
(Zé) _ Deu na rádio, na Tv em todo canto.
(Chico) _Ele é um compositor de mão cheia.
(Zé) _ Levando o nome da cidade com ele.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _ Até pra semana!
(Chico) _Até sábado.
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