Algo que acontece todos os anos no Brasil e que faz parte da nossa cultura
é o carnaval. A festa momesca que começa sempre no último final de semana antes
de se iniciar o período da quaresma no catolicismo.
Muitas pessoas justificam a festa como um momento de se divertir para
esquecer as tristezas do dia-a-dia, festejar ou até renovar energias para o ano
que só começara de verdade conforme os dizeres populares após o carnaval.
Os governos investem na festa com o propósito de que essa gerará retorno
com o turismo. Diferente da educação ou da saúde que muitos governantes tratam
como gasto, os períodos de festa são investimento. Trata-se para muitos do
velho “panis et circenses” (pão e
circo).
O fato é que o período festivo atrai muitos turistas e gera empregos
temporários e até efetivos, seja na montagem de camarotes, nos ambulantes
vendendo cerveja, nos cordeiros, no setor de hotelaria, confecção de fantasias
dentre outros.
Este carnaval de 2019 teve uma singularidade, a resposta dos blocos e da população
aos políticos que ocuparam o poder atualmente. Diversas marchinhas de protesto
além de manifestação nos blocos e até música (Daniela Mercury e Caetano
Veloso).
Com os mais variados temas: Queiroz o laranja, COAF, Michele, Milícias,
foro privilegiado e as armas, as marchinhas tem ganhado destaque. (Ouça algumas)
Irritado com os xingamentos que recebeu por toda parte dos blocos
carnavalescos Jair distribuiu via twitter na quarta-feira de cinzas um vídeo
pornográfico para generalizar o carnaval de rua como algo promíscuo, devasso e
imundo.
Em seguida, milhares de internautas passaram a postar mensagens em que
pediam o impeachment dele.
Consta entre os crimes contra a probidade na administração “proceder de
modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”, item no qual
esse tuíte com o vídeo obsceno se encaixaria.
Conforme o Código Penal, no artigo 234, a pena para
quem pratica ato obsceno em lugar público é de três meses a um ano de detenção.
Já para quem distribuí, a pena é de seis meses a dois anos.
“Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte; a
única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.” (Graciliano Ramos)
Por: Equipe do Blog
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