Existe rombo na previdência? A Previdência Social não possui como receitas somente as contribuições dos trabalhadores e das emp...

Reforma da previdência




Existe rombo na previdência?
A Previdência Social não possui como receitas somente as contribuições dos trabalhadores e das empresas sua fonte de receitas é maior.
A Previdência juntamente com a Assistência  Social e a Saúde formam a Seguridade Social sistema que possui como financiamento as contribuições do governo como: COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), PIS/PASEP (Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) o que gera um superávit para esse modelo de repartição solidária entre trabalhadores, empresas e o governo.
As receitas que deveriam ir para a Seguridade Social são desviadas, através da DRU (Desvinculação das Receitas da União), para o pagamento da dívida pública. A dívida pública é o que o governo deve aos bancos e investidores do Tesouro. O governo emite títulos e paga juros (de acordo a Selic) para aquele que investiu no título. O governo também paga os juros e amortiza o valor dos empréstimos tomados em bancos para custear as despesas que teve em determinado exercício ao pegar esses empréstimos.(Clique para ver sobre a farsa do rombo)
Cerca de R$69,7 bilhões de reais que dizem fazer parte do déficit da previdência são gerados pelas renúncias fiscais, isenção de tributos dadas a grandes empresas. No ano de 2017 foi feita uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência no Senado federal que constatou as empresas privadas deviam na época R$ 450 bilhões à previdência e, para piorar a situação, conforme a Procuradoria da Fazenda Nacional, somente R$ 175 bilhões correspondem a débitos recuperáveis. (Clique para saber sobre a CPI). Hoje já são cerca de R$375 bilhões de calote das grandes empresas.
As mentiras contadas!
Segundo o presidente o trabalhador tem de escolher entre mais direitos e menos trabalhos ou trabalho e menos direitos. A proposta do ministro da economia, ou seja do mercado financeiro, propôs tirar direitos e do outro perdoar dívidas de sonegadores.
Além de esconder o perdão das grandes empresas devedoras o governo esconde que a reforma retira a previdência social obrigando o trabalhador a ter uma previdência privada o que será um negócio excelente para fundos de pensão seguradoras e bancos.
Quem hoje contribui com R$79,84 por 35 anos recebe R$998,00 que é um salário mínimo, na previdência privada quem contribui com R$100,00 também por 35 anos receberá apenas R$234,45. Esse modelo levou os idosos do México, Chile, Colômbia e Peru para extrema miséria aumentando o número de suicídios de idosos.
Não tem nenhum ponto na reforma que ataca de verdade os privilégios. Os altos salários e as mordomias de quem tem vão continuar. Os privilégios de grandes aposentadorias de militares, políticos e juízes que custam caro. Enquanto um deputado se aposenta com R$35.000,00 e um trabalhador da construção civil (pedreiro) ganha R$998,00.
Isso sem falar no aumento da idade e tempo de contribuição que irá para 40 anos além de idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres.
E não mudam a regra de tributação do país. Os ricos não pagam Imposto de Renda, nem imposto sobre fortuna, herança, sobre a transmissão dessa fortuna, sobre propriedade de veículos como iates, barcos, aviões, helicópteros. Isso tudo é isento! Nós temos uma política no país que privilegia os dono de capital, quem tem muito dinheiro e penaliza o mais pobre.
A reforma atropela a Constituição e tira a proteção dos trabalhadores rurais.  A família que produz os nossos alimentos 73% do que a gente come vem da agricultura familiar. A proposta diz que o agricultor precisa ter uma contribuição regular para ter a aposentadoria, retira o atestado do sindicato como prova do trabalho rural e a medida provisória 871, do Jair, acaba com isso e cria uma grande dificuldade para estes trabalhadores terem acesso à aposentadoria. (Clique para ver vídeo da CUT contando as 6 mentiras da reforma)
Pensem bem leitores!
Por que não é a realizada a auditoria da dívida, como determina a Constituição e extinta a DRU?
Porque não é feito o imposto de taxação das grandes fortunas, que permitiria grande arrecadação para cobrir o suposto rombo?
Se a reforma é algo bom porque o governo pretende gastar R$45 milhões com propaganda para fazer o brasileiro acreditar que perder direitos é bom?

Por: Equipe do Blog

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