Nos novos trechos de conversas entre juiz e procurador, julgador e
acusador, foi revelado como o Deltan e o ministro do STF Fux foram a um evento
secreto com representantes dos bancos e investidores mais influentes do Brasil
e do exterior. O encontro foi organizado pela XP Investimentos em junho de
2018.
O ministro Fux não respondeu ao Intercept. Já os ministros Barroso e
Moraes negaram ter participado em eventos do tipo. Dallagnol estava mesmo preocupado
com um possível cachê.
De acordo com o Intercpt: “dias depois, a corregedoria do Ministério
Público abriu uma investigação após a imprensa descobrir que uma agência estava
pedindo até R$ 40 mil por palestras do procurador. Ele afirmou que recebeu R$
219 mil por eventos no ano anterior. A Associação Nacional de Procuradores da
República soltou uma nota em defesa de Dallagnol.
O que não se sabia, até agora, e que os chats da Vaza Jato revelam, é que
o próprio Dallagnol editou e aprovou a nota em apoio a si mesmo antes da
publicação.”
Hoje (29/07) A Folha e o TheIntercept divulgaram novas partes dos diálogos em que “os procuradores
cogitaram pedir a anulação do acordo de Palocci com a PF e continuaram
manifestando dúvidas sobre o valor de sua colaboração após a divulgação de seus
termos por Moro, embora tenham evitado críticas em público depois do movimento
do juiz.
Moro divulgou a delação de Palocci no dia 1º de outubro, uma semana após o
comentário reproduzido por Paulo Roberto Galvão no Telegram e uma semana antes
do primeiro turno das eleições presidenciais.”
O negócio do procurador era lucrar com as palestras, na mídia pagava de
combatente da corrupção porém por debaixo dos panos recebia de empresa
investigada mais de 30k (trinta mil reais) para contar suas mentiras.
Deltan Dallagnol foi pago para dar
uma palestra para uma empresa investigada por corrupção pela Lava Jato,
operação que ele comanda em Curitiba. Dallagnol recebeu R$ 33 mil da Neoway,
uma companhia de tecnologia, quando ela já estava citada numa delação que tem
como personagem central Cândido Vaccarezza, ex-líder de governos petistas na
Câmara que foi preso em 2017, e em negociatas na BR Distribuidora, subsidiária
da Petrobras privatizada. Revelou o intercept.
Fontes: The Intercp, Folha, Conversa Afiada.
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