De acordo a revista: Foram analisadas pela reportagem 649 551 mensagens.
Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a
apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim,
irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu
à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas
mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas
delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe
do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida
de um magistrado.
Um interlocutor não identificado, que segundo apuração da Veja é a
delegada da Polícia Federal Erika Marena, diz que acabou se esquecendo de
“eprocar” o tal documento, ou seja, esqueceu-se de inclui-lo no processo
eletrônico, pois o “Russo” (Sergio Moro) a havia orientado a não ter pressa.
Problema gravíssimo: um juiz não pode pedir pressa ou guardar algo que foi
apreendido na busca e apreensão. A conduta pode levar o magistrado à suspeição.
No diálogo, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisa à
procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma
informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels,
estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas
de petróleo, e um dos principais operadores de propina no esquema de corrupção
da Petrobras. Skornicki tornou-se delator na Lava-Jato e confessou que pagou
propinas a vários funcionários da estatal, entre eles Eduardo Musa, mencionado
por Dallagnol na conversa. “Laura no caso do Zwi, Moro disse que tem um
depósito em favor do Musa e se for por lapso que não foi incluído ele disse que
vai receber amanhã e da tempo. Só é bom avisar ele”, diz.
Faustão confirma que deu conselho a Moro, nos diálogos recém divulgados
pela veja, o então juiz repassa o conselho a Dallagnol: falar uma linguadem
mais popular nas entrevistas.
Deltan vibra com sucessor de Teori: “Aha, uhu, o Fachin é nosso”, nas
mensagens ele diz ao juiz Moror que havia conversado com o ministro do Supremo
Tribunal Federal que assumiu os processos da lava jato após a morte de Teori.
Em reclamação trabalhista, um ex-executivo da OAS afirma que os executivos
da empresa que fizeram delação premiada receberam R$ 6 milhões para
"ajustar os depoimentos aos interesses" dela.
Deputados de PSOL, PDT, PT, PCdoB e PSB entraram, nesta quinta-feira,
4/VII, com representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR).
Eles cobram minuciosa investigação sobre a revelação de que a Polícia
Federal, subordinada ao Moro, solicitou ao Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (COAF) informações sobre as atividades financeiras de Glenn
Greenwald, do Intercept.
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completa.
Fonte: Conversa Afiada, Veja
Por: Equipe do Blog.
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