Sexta-feira manhã chuvosa, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _Bom dia Chico, como vai de frio?
(Chico) _Bom dia Zé. Vou indo, diz que essa primeira quinzena vai ser toda assim.
(Zé) _ ‘Tá’ veio que vi um ano chuvoso igual esse.
(Chico) _Também não. Se não fosse a pandemia seria um ano de comemoração.
(Zé) _ Tu já viu como o número de casos ‘tá’ aumentando por aqui?
(Chico) _Isso é a contribuição da irresponsabilidade do presidente e do prefeito.
(Zé) _Nem fale. Tem gente aí que parece que nem com o coronavirus vai aprender a viver.
(Chico) _Isso lá é verdade Zé.
(Zé) _Esse governo mesmo aproveitando a pandemia pra vender tudo.
(Chico) _Eu ouvi no rádio, já venderam três plataformas da Petrobras a preço de banana.
(Zé) _Ainda querem vender muito mais.
(Chico) _E esse dossiê contra quem é antifascista. Se ele tá perseguindo o povo é mais uma prova de que ele é fascista.
(Zé) _O pior, que chega dá raiva é o povo ver tudo que esse cara ‘tá’ fazendo e ainda fica defendendo.
(Chico) _Não sei o que é que falta pro povo acordar.
(Zé) _Tomara que ele seja desmascarado logo antes que morra mais gente.
(Chico) _Tomara mesmo Zé.
Me dá minha farinha que vou ir pinoteando antes que venha mais chuva.
(Zé) _Vá mesmo. E continue em casa.
Até pra semana.
(Chico) _Até!


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