Sem emprego sem aposentadoria
A economia do país já vinha se arrastando desde a (de)forma trabalhista, pois o que ocorreu foi a deformação, brusca retirada de direitos dos trabalhadores, que hoje se veem obrigados a ser entregadores para não passar fome, vivem de bico e agora nem se quer são chamados trabalhadores mas sim empreendedores.
A palavra que seria sinônimo de inovação é um xingamento, antes o cidadão dizia “sou trabalhador pai/mãe de família” hoje em dia o feirante que toda vida exerceu aquela tarefa, a quituteira do bairro, o dono do bar, o vendedor de bala/brigadeiro no sinal são chamados de empreendedores, os entregadores de aplicativo os motoristas também são.
O que vem ocorrendo é a substituição de nomenclaturas no mundo do trabalho: de trabalhador para funcionário depois colaborador profissional liberal agora empreendedor; de capitalista para empresário depois para autônomo e agora empreendedor.
Na realidade o que temos é uma massa de trabalhadores desempregados vivendo de “bicos” (trabalhos avulsos) num sistema capitalista que explora cada vez mais os mais pobres para enriquecer ainda mais os já milionários. Essa fase chamada (Gig economy) ou “urberização” da economia, esse sistema consiste em uma empresa de aplicativos intermediar a relação entre empresa e trabalhador, o agora empreendedor não possui carteira assinada nem direito a férias, décimo terceiro, aposentadoria, auxílio alimentação, auxílio transporte, nada; recebe apenas por serviço prestado, muitas vezes esse trabalhadores até pagam para trabalhar, como os motoristas de aplicativo que alugam o veículo para transportar passageiros.
Um trabalhador que ganha dois ou três reais para entregar um produto a quilômetros de distância nem se quer percebe quanto contribui para o faturamento da Amazon, do Ifood, Happy, etc.
Enquanto isso o governo de Temer foi mantido para assegurar a deforma trabalhista, o governo de Jair Bolsonaro realizou a deformação da previdência brasileira postergando o direito dos trabalhadores se aposentarem. Tudo isso para garantir maior rendimento ao mercado financeiro e aos bancos.
E assim segue a crise: falta dinheiro para auxílio emergencial ou para gerar empregos mas nunca falta para emprestar aos bancos ou mesmo comprar títulos podres de bancos privados usando o banco do Brasil. E sempre sobra um dinheirinho para vender (dar) títulos ao banco do ministro Guedes o BTG e para a conta da primeira dama.
Sobra também para comprar dólares como foi feito no primeiro semestre de 2020 torraram U$ 16 Bilhões das reservas internacionais do Brasil para compra dólar e não deixar chegar a cinco reais o que já está em quase seis. A dívida pública federal aumenta cada vez mais batendo recordes negativo.
0 comentários: