Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _Bom dia Chico! Como vai?
(Chico) _Bom dia Zé, vou bem. E tu como vai?
(Zé) _Vou bem graças a Deus. Quem teve ruim foi Inês de Carla da pamonha, pegou essa doença teve internada e tudo.
(Chico) _Eu soube foi pro hospital ruim de covid. Mas já voltou?
(Zé) _ Já teve alta ‘tá’ em casa.
(Chico) _Ainda bem. Tiveram dois que morreram esse mês.
(Zé) _Não é brinquedo não mais de três mil mortes e ainda tem gente negando.
(Chico) _Carlos de Margarida do sindicato não ‘tava’ caçando zoada ontem dizendo ele que não vai pegar porque tomou remédio de verme.
(Zé) _Agora tu já viu parece até que esse povo nunca foi na escola onde já viu remédio pra verme matar vírus? Nem eu que não tive muito estudo não acredito nisso.
(Chico) _Um bando de doido que tudo que ver no celular acredita.
(Zé) _ Esse ‘zap-zap’ ‘tá’ deixando o povo sem cérebro.
(Chico) _Parece que o povo parou de raciocinar.
(Zé) _E o doente lá vai trocar o ministro pra nada, pra continuar dando remédio de verme pra matar o povo.
(Chico) _Parece que ele ‘tá’ muito é feliz com a situação.
(Zé) _ E agora ele quer proibir os governadores de fechar comércio pra evitar as mortes.
(Chico) _O governo dele é pra matar o povo mesmo.
(Zé) _ Só tá bom pra um só.
(Chico) _Pra quem? ‘Tá’ doido Zé esse governo até os riquinhos já tão tomando prejuízo.
(Zé) _ O bom é somente pra quem vende caixão.
(Chico) _Só se for!
(Zé) _É quem ‘tá’ ganhando.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _ Até pra semana.
(Chico) _Até!
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