Sábado manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês C...

Dia de Feira 167

Sábado manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear.

(Zé) _Bom dia, como vai, Chico?

(Chico) _Bom dia, vou bem e o amigo?

(Zé) _Bem graças a Deus, com saúde, é o importante.

(Chico) _E a farinha subiu foi?

(Zé) _Subiu não, o que sobe todo dia é a gasolina.

(Chico) _Nem fale, aquele infeliz ainda disse que o lucro da Petrobras foi um estupro.

(Zé) _Se tivesse estuprado só os fãs dele.... Mas tá lucrando em cima do pobre que cozinha com bujão de mais de cem reais.

(Chico) _E ainda tem gente que defende, o que dá raiva é isso.

(Zé) _Ele tá é gastando quatro milhões no cartão, empurrando a faca.

(Chico) _E ainda, esse garimpo ilegal que ele autorizou botou fogo na aldeia.

(Zé) _ Você viu a carga apreendida que ia pra Europa, ali é traficante de colarinho branco.

(Chico) _Faltou a propina pra alguém porque tinha policial, militar do exército tudo acobertando.

(Zé) _Quantos que eles não enviaram sem ninguém saber.   

(Chico) _Quatro anos de esquema.

(Zé) _ Por isso que o pastor lá do Mec cobrava logo em ouro.

(Chico) _Só tem sabido. E tudo caro.

(Zé) _Tiram mais de quem tem menos, depois tapeia com auxílio. 

(Chico) _Dão com uma mão e tomam com a outra.

(Zé) _ É isso mesmo.

(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.

(Zé) _Até pra semana!

(Chico) _Até Sábado!

0 comentários: