Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico:
(Chico) _Bom dia Zé, como vai?
(Zé) _Vou bem, bom dia! E o amigo?
(Chico) _Vou bem também, com saúde...
(Zé) _E esse passeio de Lula na China será que vi trazer coisa boa.
(Chico) _Acho até que vai, muito mais pros empresários, pra quem exporta do que o pequeno.
(Zé) _Isso sempre, quem ganha é quem tem.
(Chico) _O que vai favorecer os pobres mesmo é essa fabrica se vier pra Bahia.
(Zé) _ É vai ter emprego pro peão.
(Chico) _Vai ajudar é isso aí, emprego e reduzir juros.
(Zé) _Nessa conversa toda continuou a mesma coisa.
(Chico) _Foi, não mudaram taxa nenhuma.
(Zé) _ Agora não resolve o problema aqui e vai resolver guerra dos grandes?
(Chico) _Primeiro fazer o dever de casa, depois cuida dos de fora.
(Zé) _Também acho.
(Chico) _E agora estão de olho nas redes sociais.
(Zé) _Como assim?
(Chico) _Por causa dos ataques nas escolas, querem reprimir as violências.
(Zé) _ Tomara que dei jeito, nosso tempo até pra ir no banheiro o professor tinha de autorizar, agora aluno é só celular.
(Chico) _Pense numa coisa que ‘tá’ estragando as crianças é celular, é o dia naquele site botando coisa.
(Zé) _Sem falar os jogos e tiro que ainda fica um falando com o outro.
(Chico) _A tecnologia ajuda mais também atrapalha.
(Zé) _E muito, o povo até anda se batendo olhando celular.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Traga uma chuva no meio da semana.
(Chico) _Vou falar com São Pedro.
(Zé) _A semana de sol já foi boa, agora tem que molhar o chão.
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _Até Sábado!
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