Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico:
(Zé) _ Bom dia freguês como vai?
(Chico) _Vou bem, e o amigo? Bom dia!
(Zé) _ Bem também, com saúde.
(Chico) _E ainda a chuva melhor.
(Zé) _Salvou o feijão essa chuva de quinta e sexta.
(Chico) _E o frio voltou junto.
(Zé) _Foi.
(Chico) _E o homem vai operar o quadril.
(Zé) _ Calcule, a idade chega pra todo mundo, ele sendo presidente é só agendar.
(Chico) _Triste é de quem está na fila do SUS, esperando um mês, dois, três...
(Zé) _ Essa semana ele mudou essa presepadas que ‘tava’ de comprarem dez armas.
(Chico) _O filho do Jair perdeu o registro da dele.
(Zé) _ Melhor assim arma na mão de doido só dá em besteira.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Até Sábado!
(Chico) _Até pra semana!
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