Na nova reportagem divulgada pelo “The Intercpet” foi revelado que a lava jato fingiu investigar Fernando Henrique Cardoso (FHC) apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’
Fica cada vez mais provada a suspeita de que a operação
é apenas um grupo político articulado entre membros do Ministério Público e o
judiciário. Estes formaram um conluio entre procuradores e um juiz (acusador e
julgador) que atuaram para influenciar o jogo político-partidário e manipular a
opinião pública.
Um trecho do chat privado entre Moro e o procurador
Deltan revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (imagem acima). O então
juiz queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O
procurador respondeu, pelo Telegram, acreditar que a força-tarefa
propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao
Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para o MPF passar
recado de imparcialidade”.
FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes. Caso
fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo
ex-presidente estariam prescritos. O MP já sabia do caso desde o final de 2016,
graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu "ajuda de
campanha" a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998.
Quando foi enviado para ser investigado pela
Procuradoria da República de São Paulo somente em abril de
2017, pois permanecera em segredo de justiça, os fatos estavam prescritos, e a
investigação não poderia terminar em uma denúncia formal, foi arquivada.
Roberson Pozzobon também mandou uma sugestão em um
grupo do Telegram: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht
aos institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar
nossa atuação como se tivesse viés partidário”, justificou.
Leia aqui as conversas da quadrilha _que não é junina_
que foram reveladas pelo interceptador.
Fonte: The Intercpt
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