Desta vez na sexta-feira, com chuva em Irará (a mudança
ocorre quando o feriado é no sábado a feira é antecipada para sexta-feira). Seu
Zé foi vender sua farinha e seu feijão quando e seu freguês e amigo Chico por
volta das oito horas, foi comprar.
(Chico) _ Bom
dia Zé. Como vai?
(Zé) _ Bem
Chico. E tu como vai?
(Chico) _ Estou
bem Zé. Quem não vai muito bem é o Brasil.
(Zé) _ Verdade ‘tão’ destruindo ‘tá’ voltando a ser
colônia.
(Chico) _E
tanta coisa ruim que aconteceu essa semana, não tem nem como comemorara
independência.
(Zé) _
Verdade Chico.
(Chico) _
Torturaram um negro no supermercado, destruíram os barracos dos pobres da
favela do rio, deram carona pra mulher de ministro e ainda vai o presidente e
exalta a ditadura militar.
(Zé) _ Pois
é! Quando ele abre a boca só sai ofensa, primeiro foi com a França agora com o
Chile, ele não se respeita e só faz o Brasil passar vergonha.
(Chico) _Não
sei nem pra quê desfile da independência se a gente ‘tá’ é voltando a ser
colônia!
(Zé) _ A gente
vai virar quintal dos estadunidenses com esse louco no poder.
(Chico) _ Mais
o povo há de reagir.
(Zé) _ Sim,
vai! Os cara-pintada voltaram pra protestar, aos poucos o povo está
acordando.
(Chico) _
Tomara que ano que vem a gente comemore nossa segunda independência.
(Zé) _ Segunda?
(Chico) _
Independente desse louco.
(Zé) _ Tomara.
(Chico) _ Até
mais Zé.
(Zé) _ Até
Chico.
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