Depois do golpe que a Bolívia sofreu e a deposição _
chamada de renúncia_ do presidente em primeiro turno reeleito Evo Morales os
apoiadores do índio seguem nas ruas mobilizados em defesa da democracia no
Estado Plurinacional da Bolívia.
Faz parte da
guerra híbrida orquestrada pela CIA desestabilizar os governos progressistas da
América Latina. Com as falhas de tentativa de golpe na Venezuela e a derrota do
neoliberal Mauricio Macri na Argentina a ofensiva foi em cima da Bolívia.
A ofensiva se deu com o apoio do governo nazifascista de
Jair Bolsonaro o vassalo de Trump. Lá como aqui as milícias digitais estão atuando,
em dois dias foram criadas 4.000 (quatro mil) contas no Twitter para subir a
hasteg “#BoliviaNoHayGolpe” detectadas pelo especialista em comunicação
política Luciano Galup.
A autoproclamada presidenta _algo que tem virado mania,
um líder da oposição se autoproclamar presidente_ é racista, odeio os índios, ódio
demonstrado em seu Twitter. Declarou em certa entrevista: "tenho traços
nórdicos e arianos. Nada que ver com as indígenas bolivianas".
Esses “cristãos” neopentecostais são os escolhidos para
serem manipuladas sob o discurso da moral e dos bons costumes, tanto na Bolívia
como no Brasil. Vale lembrar que as Igrejas neopentecostais surgiram... isso
mesmo nos Estados Unidos.
Milhares de indígenas e camponeses de várias províncias
marcharam na cidade de La Paz, nesta sexta-feira (15), contra o golpe de Estado
e o governo interino da senadora de direita Jeanine Áñez na Bolívia.
Os manifestantes carregavam a bandeira whiphala,
símbolo dos povos originários e do Estado Plurinacional boliviano, fundado pelo
ex-presidente Evo Morales. Bandeiras que estão sendo queimadas nas ruas pelos
odientos, apoiadores de Mesa e Carmacho.
Os trabalhadores do campo e membros das comunidades
indígenas ainda declararam como "persona non grata" o ex-presidente
Carlos Mesa, opositor do governo de Morales que não reconheceu os resultados
das últimas eleições presidenciais e articulou o golpe que forçou Evo a
renunciar.
No Chile os protestos seguem há um mês, o Congresso do decidiu,
nesta sexta-feira (15), realizar um plebiscito sobre a criação de uma nova
Constituição. O acordo entre governo e oposição é uma resposta aos protestos
que tomaram as ruas do país. A consulta à população deve ser realizada em abril
de 2020. A Constituição atual do país foi criada durante a ditadura de Augusto
Pinochet, uma das mais sangrentas da América Latina.
Pelo acordo, depois que for elaborada a nova Carta
Magna ela precisará ser ratificada em outro plebiscito. Segundo o presidente do
Senado, Jaime Quintana, do Partido Democrático, da oposição de centro-esquerda,
a nova consulta deverá coincidir com as eleições presidenciais e parlamentares
de 2021.
Na Venezuela, em resposta a passeata convocado por
Guaido, que seguiu para a embaixada da Bolívia em apoio ao golpe contra Evo, milhares
de venezuelanos saíram às ruas do país neste sábado (16/11) na capital Caracas,
em um novo dia de manifestações populares convocadas pelo governo de Nicolás
Maduro.
A mobilização chamada "Marcha contra o
fascismo" protestou contra as sanções impostas ao país pelos Estados
Unidos e contra a atuação golpista da Organização dos Estados Americanos (OEA)
na América Latina.
Só para relembrar na Bolívia o governo de Evo Morales
reduziu o analfabetismo que era de 15% em 2006 e passou para 2,4% em 2018; o
desemprego era de 9,2% passou para 4,1 em 2018; a extrema pobreza era 38,2% em
2006 passou para 15,2%. O que causou revolta a elite, bem como no Brasil de
2016.Só que no Brasil o golpe foi jurídico e na Bolívia foi a moda antiga,
militar mesmo.
Seguem os Latino-americanos mobilizados. Também o Haiti
passa por uma onda de protestos mas como lá não tem petróleo ou lítio ou gás não
é noticiado pela grande mídia.
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