No inquérito que apura o crime das notícias falsas (fake news) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de empresários suspeitos de financiar a rede de mentiras feita em favor de Jair Bolsonaro.
Os investigados são militantes do ‘seu Jair’ conhecidos justamente por disseminar mentiras nas redes sociais, são eles: Luciano Hang (dono da rede de lojas Havan), Edgard Corona (dono das academias BioRitmo e SmartFit), o humorista Reynaldo Bianchi Junior e o militante Winston Rodrigues Limaa. A decisão de Moraes se refere a dados financeiros do período de julho de 2018 a abril de 2020.
Para o ministro as provas apontam para real possibilidade de associação criminosa envolvendo o chamado Gabinete do Ódio, aquele denunciado durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito-CPMI das fake news. (MENTIRAS).
Também são alvos de buscas o fundador do site Terça Livre, Allan dos Santos, Sara Winter, o ex-deputado federal e presidente do PTB Roberto Jefferson, as deputadas federais Bia Kicis e Carla Zambelli, o deputado também federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP).
Já o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou que o Banco do Brasil suspenda parte de seus anúncios publicitários feitos em sites, blogs, portais e redes sociais, plataformas que podem estar ligadas à disseminação de fake news. (MENTIRAS).
A decisão determina a suspensão dos anúncios até que a Controladoria Geral da União (CGU) edite portaria instituindo um grupo de autorregulamentação publicitária para definir os sites que podem receber os anúncios do banco.
Parece que a justiça brasileira voltou a ser imparcial, parece ter despertado depois de um longo cochilo de quatro anos quando em 2016 permitiu que o partido da lava jato atropelasse as leis. A questão não é defesa da corrupção, pelo contrário, o que se cobra da justiça é a igualdade de direitos e deveres para todos. Todos sabem do ex-senador e agora deputado Aécio Neves e seus processos engavetados, o mensalão do Rodoanel de São Paulo envolvendo Geraldo Alckmin e José Serra ou dos 40 anos de desvios de Michel Temer que após um fim de semana no presídio foi solto.
Essas ações nos dão esperança de que ainda podemos acredita que não temos todo o sistema jurídico brasileiro corrompido ou acovardado pelos berros fascistas que tentam amedrontar os brasileiros.
Seria possível o andamento da ação no Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) sobre o uso das ilegais fake news, notícias falsas em bom português, com conclusão do inquérito da CPMI culminando na cassação da chapa e posteriormente em novas eleições para o pleito 2020-2022? Seria sonhar demais? Bem acho que ter esperanças e sonhar ainda podemos.


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