O número de mortos pela covid-19 no Brasil não para de crescer. O isolamento social meia boca não conteve a disseminação do vírus por todo o país. Idosos, jovens, indígenas pobres e também ricos tem sido vítimas da doença que não escolhe cor nem classe social.
Diante desse quadro o que o governo federal tem feito além de ser o único contra o isolamento?
Está pondo em execução o seu plano de venda do país. Na semana passada o congresso decidiu “deixar passar a boiada” (menção feita pelo ministro do meio ambiente sobre agropecuária na Amazônia). Enquanto todos estão preocupados com a pandemia segue o projeto de liquidação.
O senado aprovou o projeto de lei nº4.162 de 2019, de autoria do poder executivo, que altera várias leis, entre elas a 11.445/07, possibilitando a ampliação da atuação de grupos privados nacionais e internacionais no saneamento.
O relator foi o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que possui uma empresa de envasamento da Coca-cola (vende água mineral além dos refrigerantes que tem água como matéria prima fundamental).
A lei pode aumentar as desigualdades e a exclusão dos mais pobres que vivem nas favelas das grandes cidades, ou nas áreas rurais e nos pequenos municípios, já que nestes o custo do serviço não gera lucro, sendo subsidiado pelo lucro das grandes cidades que possuem maior concentração de habitantes. Uma das beneficiadas é a BRK Ambiental (controlada pelo fundo canadense Brookfield) que deve estar de olho nas regiões mais populosas em que o lucro é maior.
Enquanto isso os mais pobres e municípios em que não há saneamento continuarão na mesma situação só que agora pagando um pouco mais pela água que as vezes não cai na torneira ou pelo esgoto que não é coletado.
A corja de milicianos em plena pandemia quer vender o que ainda resta de patrimônio no Brasil, país com maior reserva de água potável do planeta. Enquanto os brasileiros choram a morte de seus entes que se foram devido a covid-19 o governo vende o que sobrou.


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