Num país em que o número de mortos pela pandemia de covid-19 passam de 180 mil, os políticos que deveriam frear a crise sanitária parecem nã...

Pandemia e descaso

Num país em que o número de mortos pela pandemia de covid-19 passam de 180 mil, os políticos que deveriam frear a crise sanitária parecem não estar nem aí para a doença, os infectados e os que estão internados, apenas para sua popularidade.

Assim tem ocorrido com Jair Bolsonaro que além de cortar o auxílio emergencial, que permitiu que muitos não ficassem sem comida no prato, vem combatendo uma possível vacinação em massa.  Além de ter deixado que vencesse mais de 6,8 milhões de testes para detecção da doença, o presidente segue sendo um dos principais responsáveis pelo atraso da vacinação na população.

Enquanto os países que já enfrentam a segunda onda da doença começam a vacinar a população mais idosa, aqui no Brasil o senhor Jair Bolsonaro resolveu inventar um termo de compromisso para quem quiser (ninguém será obrigado) tomar a vacina.

Outro político que movimentou as redes sociais com sua indiferença diante do grande número de mortos foi o prefeito de Salvador-Ba Antônio Carlos (ACM Neto). Em pleno aumento do contágio o prefeito resolveu casar e os convidados estavam sem máscaras. 

A cerimônia ocorreu no sábado na capital baiana. Apesar de ser a favor do isolamento social e de até fechar as praias para evitar aglomeração nas festas de fim de ano o prefeito fez o contrário: ignorou a pandemia e foi festejar suas núpcias.

É notável o descaso dos políticos diante da pandemia. Basta lembrar que antes da eleição o aumento de casos era escondido com a ausência de testes em vários municípios, pois se não tem teste não tem infectado.

Enquanto o governo dá as costas para a solução e gastou milhões com um comprimido que serve para tratar malária e causar taquicardia a população sofre atrás de vagas nos hospitais.

No estado do Rio de Janeiro já são 84,4 mortes por milhão, mais que o dobro da taxa da cidade mais populosa do país São Paulo que é de 42,1 mortes por milhão.

Apesar de o Brasil ter participado de estudos clínicos de vacinas de quatro ou cinco laboratórios diferentes e ter uma delas sendo produzida aqui com transferência de tecnologia o empecilho maior para iniciar a vacinação são a má vontade e o negacionismo do presidente.

Ainda não temos doses suficientes para nos livrarmos da pandemia mas já seria algo considerável na redução do número de mortes.

0 comentários: