Um protesto em Assunção, no Paraguai, chamou a atenção de toda América Latina, manifestantes pediam a saída do presidente do Mario Abdo Benítez por conta da má gestão da pandemia.
O país vive seu pior momento da crise sanitária, com falta de insumos em hospitais, recorde de novos casos de Covid-19 e vacinação lenta. Segundo o governo paraguaio, há quase 300 pacientes de Covid-19 em UTI’s. O país ultrapassou, neste fim de semana, 168 mil casos da doença e 3.300 mortes desde o começo da crise sanitária.
Pouco antes dos protestos o ministro da saúde deixou o cargo após o Senado aprovar uma resolução que pedia seu afastamento. Sua gestão foi criticada por conta da falta de insumos nos hospitais, a demora na chegada de vacinas e por casos de corrupção que não foram punidos.
O país vacinou menos de 0,1% da população, de cerca de 7 milhões de habitantes, segundo dados do governo.
O presidente Abdo Benítez, “Marito” como é popularmente chamado, tomou posse em 2018, com 49 anos, integra o Partido Colorado, legenda que governa o país de forma quase ininterrupta desde os anos 1940, inclusive durante a ditadura de Alfredo Stroessner, que governou de 1954 a 1989.
Em 2019 Abdo foi alvo de um processo de impeachment devido a um acordo secreto entre o governo do Paraguai e o do Brasil (Jair Bolsonaro) sobre a renegociação dos termos de distribuição da energia da usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Os termos foram cancelados e o presidente escapou do impeachment.


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