Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _Bom dia! Como vai?
(Zé) _ Bom dia, tudo bem. E tu como está?
(Chico) _Vou bem, o importante é a gente ‘tá’ com saúde.
(Zé) _Tem que ter saúde pra trabalhar e ganhar o pão de cada dia com honestidade.
(Chico) _Quem ganhou e muito e ainda ‘tá’ ganhando mais é o Paulo Guedes.
(Zé) _Ali pra mim não tem como ser honesto aquele dinheiro todo não.
(Chico) _Se a pessoa trabalha avida toda mal consegue se sustentar como é que ele tem tantos milhões, em paraíso, em dólar não é real não.
(Zé) _Ele ministro deixando o dólar subir pra lucrar mais.
(Chico) _Enquanto isso o povo comprando gasolina em dólar.
(Zé) _Ainda disse na cara de pau que foi para não pagar imposto.
(Chico) _E o povão passando fome.
(Zé) _Esse governo só tem isso. Fome e destruição!
(Chico) _E o garimpo agora ‘tá’ matando mais um rio no Amazonas.
(Zé) _Esse político devem receber uma propina lerda pra traficar ouro pra fora.
(Chico) _Sim. Ouro e madeira. Tanto pra mobilha como telhado é cara e vendem muito no estrangeiro.
(Zé) _Mas se comparar ao que a floresta vale, estão vendendo a amazônica a preço de banana.
(Chico) _Isso é! E o Prejuízo fica aqui, você vê lá pro centro oeste e sudeste tudo na seca.
(Zé) _Agora essa nova mutação do vírus da África se vier pra cá...
(Chico) _ O povo pensando que a doença já passou.
(Zé) _Não acho seguro carnaval ano que vem.
(Chico) _Não acho que tem como eles controlarem quem está ou não vacinado.
(Zé) _E o monte de gringo que vem pra o Brasil.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Vamos ver aí no que vai dar.
(Chico) _Será se vão botar Ano novo? E aqui vai ter lavagem?
(Zé) _Acho difícil o povo esperar mais um ano.
(Chico) _Até pra semana.
(Zé) _ Até!
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