Depois do esquema de corrupção em barras de ouro no Ministério da Educação (MEC) que levou à demissão do ministro Milton Ribeiro e dos pastores da Assembleia de Deus Gilmar Santos, líder do Ministério e Arilton Moura. Um novo episódio foi descoberto no mesmo ministério uma tentativa de compra superfaturada de ônibus escolares.
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) suspenda a compra de novos ônibus escolares até que eventuais suspeitas de irregularidades no processo licitatório sejam esclarecidas. O FNDE, ligado ao Ministério da Educação, pretendia comprar 3.850 ônibus escolares, cada veículo tem o valor máximo de R$ 270 mil, mas o governo federal aceitou pagar até R$ 480 mil por unidade.
Assim, o preço total da compra poderia variar de R$ 1,3 bilhão a R$ 2,045 bilhões, diferença de R$ 732 milhões a mais.
Os ônibus, chamados de “buzu ou buzão” _como são conhecidos na Bahia_ são aqueles do programa caminho da escola, os amarelinhos.
Além do caso da cobrança de propina para construção de escolas o superfaturamento na compra “dos buzu” demonstra clara intenção de desvio de verbas do FNDE que está nas mão do grupo agora nomeado de “centrão”. Aqueles deputados que não são nem de direita nem de esquerda, jogam no time que tiver com a caneta na mão.
Pastor que cobra propina em ouro
Ainda sobre o escândalo de propina em barras de ouro para construção de escolas o presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, disse em depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro do ano passado (mantido sob sigilo pela controladoria), que recebeu "insinuações" de oferta de propina por parte do pastor Arilton Moura. "Me ajude que eu te ajudo", teria dito o pastor ao presidente do FNDE.
Novo caso: Arthur Arthur Lira e o kit robótica para escolas
A Megalic, empresa alagoana que forneceu kits de robótica para escolas públicas sem computador ou água encanada, superfaturou os produtos em 420%. O sobrepreço foi constatado pela Folha de S. Paulo, ao ter acesso a notas fiscais. Segundo o jornal, enquanto as prefeituras pagaram R$ 14 mil por cada equipamento, os documentos mostram que a empresa adquiriu unidades por R$ 2.700 de um fornecedor do interior de São Paulo.
Arthur Lira (PP-AL) é o presidente da Câmara dos Deputados Federais e controla a distribuição do chamado “orçamento secreto”. As emendas orçamentários impositivas que são indicações de repasses de verbas feitos por deputados sem a devida transparência. E o que ele tem a ver com os kits de robótica?
Os proprietários da Megalic são Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) que indicou o repasse de verbas para compra.
Parece que além da cartilha ensinando a roubar em ouro o MEC irá distribuir outra: a matemática do soma pra mim, subtrai pro povo.
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