Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até...

Dia de Feira 194

Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico.

(Chico) _Bom dia Zé, como vai?

(Zé) _Vou bem, e tu Chico? 

(Chico) _Bem também. Tu ‘tá’ acompanhando a transição.

(Zé) _sim, vendo a marmota da PEC, inventaram um negócio de quatro anos só para poder negociar. 

(Chico) _E não já sabe, a maioria ali só faz cena.

(Zé) _ Toda dificuldade que tem ali o dinheiro resolve.

(Chico) _E não já sabe. Pelo menos parece que vão deixar o bolsa família com seiscentos reais.

(Zé) _ Engraçado é que eles acham que é um dinheirão mas o salário deles é mais de trinta mil.

(Chico) _Fora passagem, regalia, auxílio paletó, aluguel, etc.

(Zé) _ Aí nunca falta dinheiro, nunca fura o teto.

(Chico) _Essa Pec do teto é pra tirar o dinheiro que já vinha pouco para as escolas e hospitais.

(Zé) _ Isso mesmo! Sempre que é pra dar aumento ao salário deles nunca falta.

(Chico) _E tu viu freguês que Gal Costa foi pro outro lado.

(Zé) _ Até que não era tão velha tinha 77 e ainda cantava.

(Chico) _Ela dizia que queria cantar até o ultimo dia de vida dela.

(Zé) _ Foi cantar no céu.

(Chico) _Vou indo. Cadê minha farinha?

(Zé) _ ‘Tá’ na mão 

(Chico) _Até pra semana!

(Zé) _ Até sábado.

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