Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico.
(Chico) _Bom dia Zé, como vai?
(Zé) _Vou bem, e tu Chico?
(Chico) _Bem também. Tu ‘tá’ acompanhando a transição.
(Zé) _sim, vendo a marmota da PEC, inventaram um negócio de quatro anos só para poder negociar.
(Chico) _E não já sabe, a maioria ali só faz cena.
(Zé) _ Toda dificuldade que tem ali o dinheiro resolve.
(Chico) _E não já sabe. Pelo menos parece que vão deixar o bolsa família com seiscentos reais.
(Zé) _ Engraçado é que eles acham que é um dinheirão mas o salário deles é mais de trinta mil.
(Chico) _Fora passagem, regalia, auxílio paletó, aluguel, etc.
(Zé) _ Aí nunca falta dinheiro, nunca fura o teto.
(Chico) _Essa Pec do teto é pra tirar o dinheiro que já vinha pouco para as escolas e hospitais.
(Zé) _ Isso mesmo! Sempre que é pra dar aumento ao salário deles nunca falta.
(Chico) _E tu viu freguês que Gal Costa foi pro outro lado.
(Zé) _ Até que não era tão velha tinha 77 e ainda cantava.
(Chico) _Ela dizia que queria cantar até o ultimo dia de vida dela.
(Zé) _ Foi cantar no céu.
(Chico) _Vou indo. Cadê minha farinha?
(Zé) _ ‘Tá’ na mão
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _ Até sábado.
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