Os protestos contra o governo de Dina Boluarte, que assumiu a Presidência depois do impeachment (golpe) de Pedro Castillo, continuam em várias regiões do Peru.
Apoiadores do ex-presidente Castillo realizam manifestações por todo o país desde dezembro pedindo a destituição da presidente Dina Boluarte. Movimentos populares defendem a antecipação das eleições, mas o Congresso peruano decidiu na sexta-feira (16) rejeitar um projeto de lei que anteciparia a escolha de um novo presidente pelo voto popular para 2023. Os movimentos desaprovam o projeto de lei que propõe antecipar as eleições nacionais para abril de 2024. O mandato de Castillo se encerraria em 2026.
Parte da equipe de Dina já pediu as contas: o ministro do Interior, Victor Rojas, a ministra da Mulher, Grecia Rojas Ortiz, e o ministro do Trabalho, Eduardo García Birimisa, renunciaram aos seus cargos.
O governo de Boluarte prorrogou neste domingo (15/01/2023) o estado de emergência por mais 30 dias em 7 regiões do país. Essas s regiões sob estado de emergência estão desobrigadas a cumprir os incisos da Constituição que dizem respeito à inviolabilidade de domicílio, livre trânsito pelo território nacional, saída e entrada no território nacional, reuniões pacíficas desarmadas em locais públicos e privados.
Em Juliaca, cidade ao sul do Peru, cerca de 2.000 pessoas foram às ruas em 9 de janeiro para pedir a saída de Boluarte do cargo. Ao menos 17 pessoas morreram.
A Defensoria Pública do Peru contabilizou no total 50 morte desde o início dos protestos, em dezembro de 2022. Entre as vítimas, estão 41 manifestantes, 7 pessoas que morreram em acidentes de trânsitos causados pelos bloqueios de vias e 2 policiais.
Sabemos que um presidente Latino americano não cai do poder com um simples puxão de tapete do congresso mas sim com uma rasteira vinda do Norte, sempre que um interesse imperialista é contrariado.
Em 2020 o Congresso do país destituiu o então presidente Martin Vizcarra, criando uma onda de protestos e caos no Peru. Tem sido comum a instabilidade política no Peru e a prisão de ex-mandatários.


0 comentários: