Mais uma manhã de sábado ensolarada em Irará, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico:
(Chico) _Bom dia Zé, como vai?
(Zé) _Bom dia, vou bem! E tu?
(Chico) _Vou bem também, com saúde.
(Zé) _E ainda mais feliz que a chuva veio atrasada mas veio, pelo menos não perde o feijão todo.
(Chico) _O sol já fez perder o milho e o feijão.
(Zé) _É rapaz, o inverno ‘tava’ bem chuvoso mas agora já reduziu.
(Chico) _Será que o verão vai ser seco?
(Zé) _Tomara que não mas tá parecendo, o dia já fica quente.
(Chico) _E a polícia foi atrás da deputada bolsonarista essa semana, tu viu?
(Zé) _Vi o bicho tá pegando. E ainda tem o relógio.
(Chico) _Foi Jair mandou o ajudante vender. Fora as joias da mulher.
(Zé) _ Já tem o crime, já tem as provas, falta o quê pra ir preso?
(Chico) _Falta o julgamento da mídia que ainda dá palanque pra esse bandido.
(Zé) _ Desse jeito ele vai continuar de cabo eleitoral pra um dos filhos.
(Chico) _Que tem dois que já deviam estar preso também.
(Zé) _A justiça pro pobre é uma, pro rico é outra.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Dê lembrança ao pessoal lá.
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _Até sábado!
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