O que são candidatos laranjas? De onde vem? Como se comportam?
É isso
mesmo que você está pensando. A nova temporada de Orange is the new black agora
está com um teor político! Novos episódios com novos personagens. Os laranjas
agora atacaram a política brasileira com a gestão atual. Políticos de fachada
confinados a receber seu dinheirinho em casa sem exercer função alguma.
Caso
você ainda não saiba o que significa o termo “laranja” nesse momento,
ele simplesmente representa alguém que assume uma responsabilidade no
papel, mas na prática não exerce a função designada, ou seja, está cedendo seu
nome para outra pessoa. Comumente este termo aparece em investigações
policiais.
O
candidato laranja é o candidato de fachada que entra na eleição sem a intenção
de concorrer com objetivos irregulares como desviar dinheiro de fundo
eleitoral. O candidato laranja empresta seu nome para fazer parte de um esquema
com outros candidatos.
Recentemente
na “Folha de S.Paulo” houve uma reportagem citando um repasse de R$ 400 mil do
PSL para uma candidata a deputada federal do partido em Pernambuco, onde esse
repasse ocorreu quatro dias antes das eleições e ela recebeu apenas 274 votos.
Neste caso temos uma leve suspeita de uma candidata laranja para ficar mais
claro aos leitores.
A
“Folha” relata que o presidente do PSL, Bebiano, era presidente na época das
eleições e responsável por autorizar repasses aos candidatos, sendo assim,
autorizou um repasse de R$ 250 mil de verba pública para campanha da
ex-assessora. O dinheiro, segundo o jornal, foi repassado para uma gráfica
registrada em endereço de fachada.
Na
terça-feira (12), o ministro disse ao jornal "O Globo" que não havia
crise sobre o tema no governo, e afirmou, para provar que não havia atritos,
que teria conversado por telefone com Jair Bolsonaro, então internado em um
hospital em São Paulo.
Um dos
filhos do presidente, o vereador Carlos, foi às redes sociais para
dizer que era mentira que o pai tinha falado com Bebianno. O próprio Bolsonaro
compartilhou a publicação do filho. O episódio desencadeou uma crise e pode
custar o cargo do ministro.
Em 4 de
fevereiro, uma reportagem também da "Folha de S.Paulo" apontou que o
ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), que é presidente do partido
em Minas Gerais, direcionou verbas de campanha a quatro candidatas no estado
que são suspeitas de serem laranjas. Álvaro Antônio se mantém à frente do
ministério e a situação dele não é de desgaste como a de Bebianno.
O
ministro da Justiça, disse nesta semana que a Polícia Federal,
após uma determinação do presidente, começou a investigar as
suspeitas de "laranjas" no PSL.
A
promotora eleitoral Vera Lúcia Taberti, de São Paulo, que acompanha há anos
candidaturas femininas com indícios de irregularidades, defende punições mais
rígidas para inibir possíveis irregularidades em contas de campanhas.
"E
uma punição maior para os partidos políticos que adotarem esse tipo de
lançamento de candidatura fraudulenta, de corte de verba mesmo, um corte
sensível de repasse de fundo", afirmou.
"Quando
ela [uma candidata] recebe uma quantidade significativa de verba e teve
pouquíssimos votos, também aconteceu alguma coisa errada porque o emprego de
verba naturalmente traria uma votação mais estruturada, mais organizada, com
veículos, e se ela não obtém nada, um número insuficiente de votos, é
fortíssimo que ela seja uma candidata laranja", afirmou a promotora.
Tirem
suas próprias conclusões sobre os supostos fatos acontecidos em tão pouco
tempo. Estes são os famosos laranjas, ou melhor, a laranjada está formada e
quem paga o preço dessas laranjas é o povo brasileiro com seu suado dinheiro
debaixo do sol.
Por: Carlos
Fonte: Folha de S.Paulo
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