Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em
Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, as oito horas Chico
chegou pra comprar sua farinha:
(Chico) _Bom dia Zé
(Zé) _ Bom dia
Chico! Como vai?
(Chico) _ Bem. E a
família tá boa?
(Zé) _ Todo mundo
em paz com saúde.
(Chico) _ A família
que não está boa é a dos milicianos lá do Rio.
(Zé) _ O homem
pegou ar.
(Chico) _ Tu viu ele
dando chilique com os repórteres? Aquilo tudo é medo do filho ser preso, ou de
ele ser também.
(Zé) _ Não creio
que vá ser preso não, Aécio por exemplo até hoje ‘tá’ solto, Temer foi quarenta
anos roubando e ainda hoje está solto.
(Chico) _Pior que é
verdade. Pelo menos com a mídia nos calos dele vai denunciando e o povo vai
descobrindo quem eles são, uma família de ladrão.
(Zé) _Dá raiva é
daqueles fãs que ficam lá defendendo quando ele fala com a imprensa. O povo faz
questão de se fazer de cego.
(Chico) _ ‘Tá’ aí uma
coisa que nossa justiça não é: cega!
(Zé) _ Isso eles
enxergam bem. Só prendem quem atrapalha os planos deles e o pobre e o preto nem
tem esse direito, eles matam logo.
(Chico) _ Só sabem
ameaçar e meter medo. Se tem uma coisa que a gente que é nordestino não tem
medo é de bandido.
(Zé) _ Eles
amedrontam porque estão armados, quero ver numa peia eu e ele.
(Chico) _ Tu ia fazer
o que Zé?
(Zé) _ Agarrava
aquele corno pelo chifre e dava dois socos pra quebrar as fuças deles.
Depois
de rirem juntos, Chico comprou sua farinha e saudou a Zé.
(Chico) _ Feliz
Natal Zé e até sábado.
(Zé) _ Até!
E tomara que nosso presente chegue.
(Chico) _ Oxe,
que presente?
(Zé) _ O
impeachment!
(Chico) _ Vai
chegar ano que vem.
(Zé) _ Que
Deus ajude.
Feliz Natal!
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