Mais uma manhã de sábado ensolarado e quente de verão
na feira livre em Irará ‘seu’ Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, as
oito horas Chico chegou pra comprar sua farinha:
(Zé) _ Bom dia
Chico, não foi pular carnaval?
(Chico) _ Bom dia,
quero é pular o carnaval e ir logo pra quarta de Cinzas. E tu não vai não?
(Zé)_ Deixa pra quem gosta,
Augusto de dona Margarida, Luiza ‘fia’ de teu xará.
(Chico) _ Paulo e dona
Raimunda foram de novo pra trabalhar.
(Zé) _ Muitos vem
se divertir na Bahia mas o pobre vai pra ganhar seu tostão.
(Chico) _ Isso é.
Agora em pleno o Carnaval o Ceará ‘tá’ pegando fogo. Obrigaram comerciante a
fechar loja, deram pedrada em viatura, tocaram fogo em carro, tudo os próprios
policiais.
(Zé) _ O povo tem
falado muito daquele senador, que não devia ter ido com o trator, só que se ele
não fosse o povo iria estar na pior.
(Chico) _ Os miseráveis
deram tiro pra matar. Agora quem é que pode se eles ‘tão’ tudo armado e estão
agindo pior que os bandidos.
(Zé) _ Não sei onde
é que vai se parar.
(Chico) _Ele é irmão
de Ciro Gomes, vi na rádio que ele deu entrevista falando que uma deputada do
Rio foi lá comandar esse motim e é amiga dos Bolsonaro.
(Zé) _ A milícia já
se espalhou pelo Brasil inteiro, são pior que o crime organizado, porque eles
estão infiltrados recebendo do governo.
(Chico) _ São uma
quadrilha organizada mesmo. O povo já sabe quem é que chefia.
(Zé) _ Sabe mas só
doido pra enfrentar, veja o caso do que acharam aqui na Bahia.
(Chico) _Diz que foi
queima de arquivo.
(Zé) _ A coisa ‘tá’
feia. Tomara Deus que melhore.
(Chico) _Me dá minha
farinha aí que vou indo terminar a feira.
(Zé) _ ‘Tá’ aqui, ‘talquei’.
Até sábado!
(Chico) _Até sábado
Zé.
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