Sexta-feira manhã ensolarada ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _ Bom dia Chico e a nota de duzentos já chegou por aqui.
(Chico) _Bom dia, não vi ninguém com ela ainda não.
(Zé) _ Teu xará de Roraima guardou foi nas calças.
(Chico) _Nem me lembre aquele miserável chama Chico Rodrigues.
(Zé) _E é quase uma união estável com teu presidente.
(Chico) _Depois ele desconversou que não é do governo dele.
(Zé) _Mais ele num já tinha acabado com a corrupção semana passada?
(Chico) _Parece que ele esqueceu de avisar aos amigos do governo dele.
(Zé) _Esse senador é vice líder do governo dele.
(Chico) _Já vi muito dizer “não estou cagando dinheiro” esse pelo jeito ...
(Zé) _Colocou o dinheiro no cofre.
(Chico) _E enquanto isso seguem as queimadas e a pandemia.
(Zé) _Tu viu que na cidade que votaram nele morreu mais gente.
(Chico) _Se são tudo igual a ele, acha que a doença é só uma gripe, não querem nem usar máscara.
(Zé) _Ele invés de ajudar a combater vai e faz a doença aumentar.
(Chico) _E o senador dele pego roubando que desviou o dinheiro que era pra combater a doença.
(Zé) _Bando de ladrão. O negócio é que a mamata agora é só a família e os amigos.
(Chico) _É isso mesmo, antes era geral agora só pra eles.
(Zé) _Agora virou um negócio de família.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou indo.
(Zé) _ Esse dinheiro ‘tava’ no bolso né?
(Chico) _Sai de baixo. Eu vou é arranjar alguém que coloque 89 mil na minha conta.
(Zé) _Até hoje ninguém explica.
(Chico) _E ele tá aí solto.
(Zé) _ Até pra semana.
(Chico) _Até.
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