Hoje é um domingo decisivo não só para a Bolívia onde ocorrem as eleições para eleger um novo presidente mas também para toda América Latina. As eleições acontecem um ano após o golpe de Estado que levou à renúncia do ex-presidente Evo Morales Ayma e seu vice, Alvaro García Linera, depois de sucessivos adiamentos da data do pleito.
O candidato a presidente Luis Arce e seu vice, David Choquehuanca, do Movimento Ao Socialismo (MAS), são favoritos com 42,2% das intenções de voto (segundo as pesquisas de opinião). Vários ministros e políticos do partido de Evo Morales foram ameaçadas e obrigados a deixar o país após o golpe dado pelo exército e a oposição.
Meses após o resultado eleitoral vários organismos atestaram que não houve fraude na eleição que reelegera Evo no primeiro turno em 2019.
O que está em jogo são as reservas de lítio, mineral que tem se ganhado importância já que é um dos principais para fabricação de baterias de celulares, computadores e até automóveis elétricos.
O governo de Evo Morales foi responsável pela diminuição da pobreza extrema na Bolívia e fez com que no ano de 2018 o país sul-americano tivesse um aumento de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a média de crescimento mundial foi de 3,2%.
Aqueles que deram o golpe, com apoio dos estadunidenses e sob tutela da OEA (Organização dos Estados Americanos) que apontaram uma fraude inexistente, poderão não aceitar que o MAS continue no poder e tentar incitar a população para que ocorra uma revolta civil como veem tentando fazer na Venezuela com sucessivos bloqueios econômicos.
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Campanha Luis Arce |
As garras imperialistas continuam sobre a América Latina para manter todos os países ao sul do rio Bravo como meros fornecedores de matéria prima.
Esse resultado e sua aceitação pela oposição será de fundamental importância para combater a extrema direito e seus sabujos entreguistas dos países Latino americanos.
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