Sexta-feira manhã chuvosa, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _Bom dia. Como vai?
(Zé) _Vou bem, com saúde vou bem e tu?
(Chico) _Bem também graças a Deus.
(Zé) _ Tu viu que na CPI a coisa pegou fogo? Prenderam o coronel.
(Chico) _Foi, só que pagou fiança e já tá solto, isso é que ‘tá’ errado.
(Zé) _ Um roubo desse, querendo comprar vacina pelo dobro, pra desviar.
(Chico) _E o exército ainda defendeu. Devem ‘tá’ tudo envolvido, pois tomaram as dores.
(Zé) _O pior ladrão que tem é o de farda.
(Chico) _Com certeza, basta uma ovelha ruim pra estragar o rebanho.
(Zé) _Nesse caso é difícil achar ovelha que preste.
(Chico) _Começando pelo Capitão Jair.
(Zé) _ Ali deve ‘tá’ desesperado.
(Chico) _O protesto da semana passada já deu um susto nele.
(Zé) _Se empurrar ele cai.
(Chico) _O povo tem que tirar ele e botar os militar de volta no quartel.
(Zé) _O país começou a dar errado quando eles saíram da caserna.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou indo.
(Zé) _ E esse jogo domingo? Diz que vão liberar torcida.
(Chico) _Quero ver a pandemia acabar desse jeito.
(Zé) _ Agora que ‘tá’ reduzindo vão querer que aumente os casos.
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _ Até lá!
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