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Jovenel Moise ex-presidente haitiano assassinado |
O presidente do Haiti Jovenel Moise foi assassinado com 12 disparos na sua residência oficial, na capita Porto Príncipe, na última quarta-feira (7/07/21), Martine Moise também foi atingida no atentado e foi hospitalizada em Miami(EUA). Os dois filhos do casal não foram atingidos no atentado.
As autoridades haitianas informaram nesta que 28 pessoas estão envolvidas no crime, das quais duas são americanas e 26 colombianas. 15 colombianos e os dois americanos foram presos em um total de 17 detidos pela polícia haitiana.
Esta situação ocorre em meio à crise política no Haiti, Jovenel Moise exercia o cargo de forma inconstitucional, desde fevereiro. O parlamento foi por ele dissolvido desde 2020, o ex-chefe de Estado governava por decreto.
O assassinato gerou um completo esvaziamento do poder no Haiti. Primeiro pela ausência de um mandato constitucional do Executivo, depois pela inexistência do Legislativo e pela falta de primeiro ministro. Claude Joseph, que havia renunciado ao cargo de primeiro-ministro na última semana se autoproclamou presidente interino.
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Claude Joseph presidente interino do Haiti |
O assassinato do presidente Moise ocorreu menos de três meses antes das eleições presidenciais e legislativas no país, marcadas para 26 de setembro.
Novas evidências revelaram que o planejamento do ataque estava em andamento desde o final de janeiro de 2021.
De acordo com aTelesur “em dois áudios que vazaram, datados de 26 de janeiro de 2021, você pode ouvir como foi o recrutamento de alguns dos militares colombianos detidos pela Polícia Haitiana após o assassinato. Entre os mercenários colombianos está Neil Cáceres Durán, recrutado como segurança. Em seu país, ele trabalhou como jardineiro residencial.”
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Neil Cáceres Durán |
“Segundo a investigação, os mercenários foram recrutados por Charles Emmanuel Sanon, suposto autor intelectual do incidente, por meio da empresa CTU Security LLC, localizada em Miami, Flórida (Estados Unidos), que teria administrado a transferência dos indivíduos.”
A violência assola o país, se aprofundou depois dos 13 anos de intervenção militar estrangeira, que representou a Missão de Estabilização da ONU (Minustah). Existem cerca de 77 gangues armadas, que controlam regiões inteiras no país e se financiam com o tráfico de drogas e de armas. Segundo a Comissão Nacional de Desarmamento, existem cerca de 500 mil armas circulando de maneira ilegal na ilha, depois da ocupação da Minustah. O Ex-presidente Jovenel Moise governou na base da violência estatal com pelos menos 10 chacinas durante a sua gestão.
Claude Joseph (atual presidente interino) também pediu cooperação dos Estados Unidos e da ONU para capturar os autores intelectuais do crime contra o ex-presidente. A oposição teme que essa possa ser a justificativa para uma nova intervenção estrangeira no país caribenho.
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