Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _Bom dia Zé! Como vai?
(Zé) _Bom dia Chico, vou bem. E tu?
(Chico) _Vou bem, com saúde, andando, falando...
(Zé) _A chuva no rio fez estrago, não foi?
(Chico) _Verdade mais de 100 pessoas morreram e ainda estão fazendo as buscas.
(Zé) _Dessa vez teu presidente, estava na Rússia passeando.
(Chico) _Engraçado que ele agora disse que vai mandar recurso, porque o governador é amigo dele.
(Zé) _Ele não ‘tá’ nem aí pra vida das pessoas.
(Chico) _Desde a pandemia. E na Bahia quando as pessoas ficaram alagada ele foi curtir as férias.
(Zé) _ E o pior é que ele viaja e leva o filho na bagagem.
(Chico) _Só sabe isso, passear com nosso dinheiro e contar mentira.
(Zé) _E a coisa ainda está apertando com a pandemia.
(Chico) _Voltou a ter mil mortes por dia no Brasil.
(Zé) _E quem não quis a vacina ‘tá’ indo pro cemitério.
(Chico) _Ô Zé, tu viu que mesmo com proibição o povo saiu fazendo bloco de carnaval em Salvador.
(Zé) _ Vi ainda passaram por uma viatura.
(Chico) _O povo só quer saber de festa e cachaça.
(Zé) _ Por isso que o vírus rende tanto.
(Chico) _ Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _E a máscara é só no queixo.
(Chico) _Já querem deixar de usar antes da hora.
(Zé) _ Tanta tragédia e muitos não se solidariza com o próximo.
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _ Até!
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