Sábado manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear.
(Zé) _Bom dia! Como vai o amigo?
(Chico) _Bom dia, vou bem! E o amigo?
(Zé) _Vou bem também, com chuva ainda melhor.
(Chico) _Foi quarta-feira choveu o dia todo veio estiar no feriado.
(Zé) _Esse ano está bom pra gente graças a Deus. A chuva de agora já cresce o milho.
(Chico) _Teu presidente teve na Bahia ontem, os índios lá de Porto Seguro botaram ele pra correr.
(Zé) _Bem pouco, aquele infeliz devia nem botar a cara na rua e tivesse vergonha.
(Chico) _Agora que ele mostrou que é amigo de bandido mesmo.
(Zé) _Esse daí que ele deu indulto deve ‘tá’ sabendo de alguma coisa.
(Chico) _Não deixou nem ir preso.
(Zé) _Pois é! Pra quem dizia que bandido bom era o morto, agora ele tem o bandido de estimação.
(Chico) _E ainda tem besta pra defender. O que me admira é isso!
(Zé) _Sempre tem, todo lugar tem um besta, mas uma hora eles vão ter que acordar.
(Chico) _Já deviam ter acordado, só a carestia que está.
(Zé) _As coisas estão caras e cada vez mais difícil.
(Chico) _Me dá minha farinha que sem ela não fico.
(Zé) _Até pra semana!
(Chico) _Até!
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