Sábado manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear.
(Chico) _Bom dia Zé! Como vai?
(Zé) _Bom dia, vou bem Chico, e você?
(Chico) _Vou bem, com saúde, o resto a gente vai levando.
(Zé) _Tudo caro e ainda assim o governo não para de subir os combustíveis.
(Chico) _Aí sobe o frete e vai e sobe tudo.
(Zé) _Enquanto tiver guerra pra levar culpa ele saí de santo.
(Chico) _Que guerra! O que está tendo é roubo na mão grande. O que eles devem estar desviando com o lucro que a Petrobras teve não cabe nem nos bancos.
(Zé) _Isso é! E o engraçado é que ninguém denuncia nada. Todo mundo deve ‘tá’ ganhando uma ponta, só pode.
(Chico) _E os militares é quem mais ‘tá’ enchendo os bolsos.
(Zé) _Sempre usam a farda pra enriquecer as custas do pobre.
(Chico) _Tem militar ganhando 350 mil a mais por ano.
(Zé) _Assim até eu apoio. Rebanho de miserável!
(Chico) _Não fazem nada!
(Zé) _ Ganha tanto dinheiro sem trabalhar. Enquanto a gente trabalha de sol a sol, e o que se ganha não passa o mês.
(Chico) _ ‘Tá’ difícil mesmo.
(Zé) _O país que mais produz alimento com gente passando fome. É um absurdo.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Só você pra descobrir porque é que os militar tanto implicam com a urna.
(Chico) _Pra não perder a boquinha.
(Zé) _A coisa ficou igual prefeitura, fica uns quando outro elege perde a boca, entra outros.
(Chico) _É isso mesmo. Só pensam no bolso deles, o brasileiro que se dane.
(Zé) _O povo precisa acordar antes que seja tarde.
(Chico) _Até pra semana!
(Zé) _ Até sábado!
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