Mais uma manhã de sábado nublada em Irará, véspera de Natal, lá está seu Zé vendendo sua farinha e seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico.
(Chico) _Bom dia Zé! Como vai?
(Zé) _Bom dia, vou bem! E tu?
(Chico) _Bem também! Hoje de manhã já deu essa chuva...
(Zé) _ Natal vai ser de chuva, que nem em 2019.
(Chico) _Verdade antes da pandemia.
(Zé) _ Agora já pode ter aglomeração, ‘tá’ até tendo orquestra no sábado.
(Chico) _Teve, ontem a filarmônica tocou. Dessa vez anteciparam não deixaram pra depois da missa.
(Zé) _O chico me explique aí pra que fazer um letreiro se já tem um na praça?
(Chico) _Gastar nosso dinheiro. Só isso!
(Zé) _ Não tem sentido.
(Chico) _sei que agora vão ter que voltar a roubar no claro, inclusive em Brasília.
(Zé) _ Vão divulgar esquema novo de propina na imprensa?
(Chico) _Não. O Supremo proibiu o orçamento secreto!
(Zé) _Eu vi, agora acabou o esconder pra onde o dinheiro vai.
(Chico) _Como se ninguém soubesse que eles desviavam.
(Zé) _ Tomara que daí em diante a coisa melhore.
(Chico) _ Não espero muita melhora, o congresso é todo bolsonarista.
(Zé) _Da parte dos político não espero nada, digo é da parte da economia, do emprego, da carestia que ‘tá’.
(Chico) _Tomara que melhore mesmo.
(Zé) _2023 vai ser mais próspero que 2022 com fé em Deus.
(Chico) _Vou levar minha farinha pra fazer farofa.
(Zé) _Não pode faltar nem farofa nem passas.
(Chico) _Feliz natal! Até pra semana!
(Zé) _Feliz natal! Até sábado!
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