A décima quinta (15°) cúpula do BRICS (bloco do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorre em Joanesburgo, África do Sul. O bloco que representa 40% da população mundial 3,26 bilhões de pessoas, e 26% de toda a riqueza gerada no planeta US$ 26 trilhões de dólares, fará uma reunião decisiva que terá impactos na geopolítica mundial. O grupo foi criado em 2006, ainda sem a África do Sul, que se juntou ao bloco em 2010.
A expansão do BRICS é um dos temas os países deveram definir critérios para a entrada de novos membros. São 22 países que já apresentaram interesse em se juntar ao BRICS: Argentina, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, Arábia Saudita, Egito, Irã, Indonésia, Argélia, Bangladesh, Cuba, Etiópia, Vietnã, México, Paquistão e Turquia são alguns dos que já solicitaram adesão ao bloco econômico.
Outro tema é a possível criação de uma unidade monetária comum a ser usada entre os membros do grupo uma alternativa ao uso do dólar em transações comerciais. A moeda seria virtual proposta pela Rússia como R5 pois as moedas dos cinco países dos BRICS começam todas com a letra “R” – real, rublo, rupia, renminbi e rand. A moeda seria lastreada em ouro segundo a proposta. A medida não extinguiria as moedas nacionais dos países do bloco.
A expansão do BRICS também conta com a ampliação do número de membros do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também conhecido como "Banco do BRICS". O banco foi criado em 2015 e tem oito membros. Além dos cinco integrantes originais do bloco, fazem parte Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito. O Uruguai deve se juntar em breve.
O banco financia projetos de infraestrutura e saúde em seus países membros e vem sendo apontado como uma forma de driblar supostos entraves impostos de instituições multilaterais tradicionais como o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI) a países em desenvolvimento.
Lula declarou que “A criação de uma moeda para as transações comerciais e de investimento entre os membros do BRICS aumentam as nossas opções de pagamento e reduzem nossas vulnerabilidades”.
Cyril Ramaphosa (África do Sul), afirmou que “a recuperação econômica global depende de um sistema de pagamento justo e com operação simples dos sistemas bancários”.
Para o bloco depois de decididos os critérios, decidiram seus novos integrantes e os nomes de outros países que poderiam aderir ao grupo na condição de parceiros, mas não como membros efetivos.
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