Na noite do dia 9 de fevereiro de 2019 ocorreu em
Irará, município do recôncavo baiano que de acordo com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) cerca de 60% da população vive em zona
rural, uma roda de conversa sobre “políticas para a juventude”.
Fatos reveladores foram feitos nessa conversa!
O primeiro a falar disse que Irará é um condomínio.
Enorme absurdo que pôde ser ouvidos pelos presentes na praça da Matriz. Como
dito acima Irará possui 60% da população rural e nenhum condomínio: nem urbano,
nem rural é uma CIDADE!
Depois disseram que é necessário políticas para manter
os jovens no campo, acabar com o êxodo rural. Não disseram como! Prossigamos...
Disseram que Irará é uma cidade “muiiitooo” homo fóbica,
e que a cada 2 minutos morre uma mulher no Brasil. Que é preciso acabar com o
machismo.
Sendo que o Brasil registrou em 2018 mais de 62,5 mil
homicídios, o que seria em torno de 171,23 homicídios por dia em todo o país,
ou 7,13 homicídios por hora. Isso inclui homens e mulheres assassinados no ano
de 2018.
Uma mulher assassinada a cada dois minutos seriam 720
mortas por dia. Como demonstrado o total de assassinatos que inclui homens e
mulheres foi de 171,23 por dia em 2018. Não sei de onde tiraram essas 720
mulheres “mortas pelo machismo” suponho que nem uma delas foi em Irará. Espero
também que não ocorra e que sejam aplicadas políticas que efetivamente combatam
o machismo não só nessa cidade, quer dizer condomínio, mas em todo o país.
Se alguém souber de algum gay que foi morto pela
homofobia em Irará por favor me informem, porque não sei de nenhum caso nessa
cidade “muiiitooo homo fóbica”. Claro que não é preciso esse tipo de
acontecimento para que uma cidade seja rotulada de homo fóbica porém não é
porque um pequeno grupo agrediu ou destratou alguém que a cidade inteira mereça
esse tipo de rotulagem.
Um cidadão de Alagoinhas disse estar preocupado com o crime
organizado em Irará. Como essa é uma péssima cidade só poderia ser comandada
pelo PCC, só eles teriam armamento e bala pra matar tanta mulher por dia!
Para reduzir a imagem de pior cidade do mundo passada
pelos jovens ali presentes, um vereador do município, que se sentiu ofendido ao
ouvir que não há político sério nesse país, levantou-se do bar ao lado e disse:
“que ele é um político sério e que o problema do 'êxito rural' é a seca!” Grande
descoberta!
Os jovens ali
disseram então ser impossível acabar com o êxodo rural. Nenhum deles sabe a
diferença entre seca (período de estiagem anual e previsível) e falta de água
(problema político). O que é necessário são políticas públicas que garantam ao
agricultor uma melhor convivência com a seca, característica de todo o sertão
brasileiro, como criação de animais mais resistentes ao período de seca
(caprinos), plantações e cultivos de palma, umbu, mangaba entre outros
resistentes a estiagem.
Saí dali com a sensação de morar na pior cidade do
mundo! Desculpem, cidade não. Condomínio (aqueles prédios construídos Brasil
afora pela classe média para se proteger da violência e dos pobres).
Os jovens que naquela praça pseudo politizavam os
outros jovens eram os filhos de ex-prefeitos, comerciante, ex-secretários. Em
outras cidades seriam só a classe média, nesse condomínio que lá foi criado
são: A classe média, minoria da minoria nesta cidade, digo, condomínio
discutindo os problemas, que não são da maioria de agricultores, que tem que
ficar lá na zona rural.
Por que se eles saírem de lá (parte rural do condomínio), quem vai comprar ou votar nos pais ou nos próprios jovens que armaram um palanque em 2019 para a eleição de 2020? Quem?
Por que se eles saírem de lá (parte rural do condomínio), quem vai comprar ou votar nos pais ou nos próprios jovens que armaram um palanque em 2019 para a eleição de 2020? Quem?
Por: Equipe do Blog
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