A proposta de reforma da previdência feita pelo atual governo esconde por trás da idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para h...

A reforma só é boa para donos de bancos




A proposta de reforma da previdência feita pelo atual governo esconde por trás da idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens o tempo de quarenta anos de contribuição.
É isso mesmo 40 anos!  Só após quarenta anos o contribuinte poderá obter 100% do salário. Se aposentar com o tempo mínimo de contribuição só receberá 60%. O contribuinte precisa começar a contribuir aos 25 anos para se aposentar com 65 e receber o salário integral.
A porcentagem do benefício é proporcional ao tempo de contribuição. Quem contribuir por 30 anos por exemplo, tempo mínimo que será exigido aos professores, receberá somente 80% do salário. O valor da pensão por morte passa a ser 60% do benefício.
Como dito anteriormente neste blog (Reforma da previdência) não há déficit na previdência, essa história é mentira. A justificativa da longevidade da população é outra mentira. A pesar da expectativa de vida ter aumentado para os brasileiros ao longo dos anos isso não gera déficit. No sistema atual a contribuição dos que estão trabalhando é que sustenta os que já se aposentaram.
A nova proposta cria um regime de capitalização que não oferece garantia alguma do pagamento de benefício futuro aos trabalhadores e trabalhadoras, o benefício dependerá do comportamento do mercado, e pode ser zero ou negativo: em vez de receber benefício o trabalhador pode ser chamado a aportar recursos ao fundo de capitalização.
A proposta não modifica os privilégios daqueles que recebem super salários com os auxílios e bonificações. O trabalhador com carteira assinada contribui com 8%, 9% ou 11%, de acordo com a faixa salarial. Os autônomos contribuem com 20% da renda. A contribuição dos juízes acaba sendo menor que a dos trabalhadores comuns, porque o cálculo não leva em conta as bonificações como por exemplo na substituição ou trabalho em mais de uma vara, nesses casos, o juiz cumprindo a mesma jornada de trabalho ganha um salário integral a mais do qual não incide contribuição para a previdência. 
O grande privilegiado é o mercado financeiro. Os bancos já tiveram lucro recorde com a crise capitalista mundial, com a aprovação da reforma vão lucrar ainda mais com os fundos de capitalização que receberão as contribuições e passarão a ter mais clientes já que a previdência com regime de contribuição solidário (trabalhador, empregador e governo) deixará de existir.
O projeto de lei que altera a previdência dos militares não os prejudicará tanto porque o projeto traz uma reestruturação nas carreiras que custará uma despesa de R$ 86,85 bilhões em dez anos. Só assim os militares aceitaram alteração no sistema de proteção social dos militares das Forças Armadas (a previdência da qual fazem parte).
Como mostrado anteriormente no Abacaxi do Sertão as grandes empresas que devem ao Instituto Nacional da Seguridade Social não terão sua dívida cobrada. E o sistema de capitalização não deu certo em nenhum país onde foi implementado. No Chile os idosos ao receberem um valor minúsculo em relação ao que contribuíram a vida toda passaram a cometer suicídio.
A reforma tira direitos do trabalhador inclusive o de se aposentar por tempo de contribuição e o de receber salário mínimo integral. A grande mídia (que ganha da propaganda dos bancos em seus comerciais) diz que houve um “ruído” na comunicação do governo e que por isso pesquisas de opinião tem mostrada a rejeição da população à reforma.
Muito pelo contrário! Os trabalhadores entenderam que com a reforma terão de contribuir por 40 para receber 100% do salário. Os desempregados sabem que como a reforma trabalhista essa da previdência não irá gerar nenhum emprego.
Por isso todos irão as ruas nesse 22 de março CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA desse (des)governo, de um presidente que recebe além do salário duas aposentadorias, uma por ter sido deputado por 28 anos e outra quando foi expulso do exército. 

Por:Equipe do Blog

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