Mais uma manhã de sábado, com chuva, em Irará lá está seu Zé vendendo sua farinha e
seu feijão quando por volta das oito horas chega até ele seu freguês Chico.
(Zé) _Bom dia Chico como vai?
(Chico) _ Bom dia Zé vou bem. E
você?
(Zé) _Bem também. Quais a boa?
(Chico) _A boa é que deixaram o
homem falar de novo ontem vi a entrevista dele na tv.
(Zé) _Também vi. Será que ele
vai conseguir provar que moro é bandido.
(Chico) _ Espero que consiga,
mas esse supremo, tá difícil.
(Zé) _Os estudantes estão
fazendo a parte deles. Vi os protestos de terça feira.
(Chico) _Esse homem tira
dinheiro da educação pra gastar com propaganda do projeto que vai vender a
universidades.
(Zé) _Já venderam Petrobras,
Embraer, agora vão vender as universidades, daqui a pouco os hospitais.
(Chico) _ Esse povo que apoia
deve estudar em faculdade de rico e ter plano de saúde do bom porque é contra
saúde e educação ser pública.
(Zé) _Espero que o povo
acorde a tempo. Essa lei da responsabilidade será que o congresso vai enquadrar
Moro e Deltan.
(Chico) _Deveriam, porque se não
eles vão acabar destruindo a próxima eleição também.
(Zé) _ Falando nisso Chico.
Teve aquele lá que foi expulso do partido porque não quis o filho dele na
embaixada.
(Chico) _ Foi mesmo Zé. E ele
ainda tirou o chefe da federal do Rio de Janeiro. Tu tá é certo do que falou
sábado passado.
(Zé) _Não vai sobrar ninguém!
Só vai ficar ele e os filhos dele. Daqui a pouco até os militares vão acordar.
(Chico) _ Tomara. Me dá minha
farinha e um litro de feijão que já ‘tá’ vindo mais chuva.
(Zé) _ Graças a DEUS a chuva
vem ajudando a plantação.
(Chico) _Até sábado Zé.
(Zé) _ Até.
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