Mais uma manhã de sábado com sol na feira livre em
Irará, seu Zé está vendendo sua farinha e seu feijão, as oito horas e meia
Chico chegou pra comprar sua farinha:
(Zé) _Bom
dia Chico como vai?
(Chico) _ Bom
dia Zé vou bem. E você?
(Zé) _Vou
bem, tudo em paz.
(Chico) _ Ontem teve
protesto no mundo todo por causa do meio ambiente.
(Zé) _ Eu vi no
jornal o homem está poluindo o planeta demais, está matando a natureza.
(Chico) _ E a floresta
amazônica que queimaram tanto, agora estão queimando o cerrado também.
(Zé) _ Isso é a
ganância desses fazendeiros, querem botar gado no lugar da floresta, só que sem
chuva nem capim não nasce.
(Chico) _ Pois é.
(Zé) _ E tu viu que
a miséria no Brasil aumentou?
(Chico) _ Vi, é o rico
mais rico e pobre cada vez mais pobre. Sem falar nas filas de desempregados
procurando emprego.
(Zé) _ Não sei onde
que isso vai dar mas ao menos o povo ‘tá’ acordando.
(Chico) _ ‘Tá’, ainda
bem!
(Zé) _ Cada um
fazendo sua parte já vira um bocado.
(Chico) _ Verdade Zé.
A feira hoje está com pouco movimento não é?
(Zé) _ É fim de mês
chegando o povo já vai ficando sem dinheiro.
(Chico) _Vou levar
minha farinha e mais um feijão e já vou.
(Zé) _ Certo
freguês. Até sábado.
(Chico) _ Até.
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