Nesta semana
mesmo com o crescimento do número de casos de covid-19 em todo o Brasil e
consequente aumento de mortes, mesmo com as cenas de enterros coletivos em
Manaus e superlotação de leitos hospitalares, algumas cidades decidiram reabrir
o comércio e retomar as atividades.
A preocupação
não é só dos comerciantes que se desesperam com quedas nos lucros mais também
prefeitos e governadores preocupados com a arrecadação. (O único estado que
retornou as atividades foi Santa Catarina, nos demais somente algumas cidades).
Nos Estados
Unidos a preocupação é somente financeira mesmo com mais de 48 mil óbitos. O
preço do barril de petróleo chegou a menos U$37,00 (tinta e sete dólares
negativos) com as empresas tendo de pagar para que alguém leve o óleo que já
lota os tanques de armazenamento.
A indústria
brasileira que já vinha em queda decairá mais com baixa demanda por produtos
como combustíveis e outras fontes de energia. O forte baque que o coronavirus
causou na economia parece ser para alguns governantes muito pior do que as
vidas ceifadas pela pandemia.
Em nome do
crescimento econômico e dos lucros que estão empurrando as pessoas de volta as
ruas e posteriormente as valas nos cemitérios. Mesmo com o isolamento social os
leitos de UTI já se encontram lotados nas cidades que não fizeram um hospital
de campanha contra epidemia.
Só pra comparar
enquanto o governador da Bahia Rui costa foi a Justiça para ocupar o hospital
português e transforma-lo em um hospital de campanha o governador Wilson Lima do
Amazonas decidiu alugar um hospital particular desativado por R$ 2,6 mi. E hoje
os Manauaras sofrem sem leitos hospitalares.
Quanto vale uma
vida?
Será que mesmo
com um barril de petróleo a menos 37 dólares as pessoas não irão enxergar que
esse sistema não funciona? O exemplo da Itália e dos Estados Unidos que tem seu
sistemas de saúde privados deixando ao léu os que não podem pagar não ensinara
uma lição ao mundo?
Será que as
lições de união, solidariedade e Estado forte serão esquecidas pelas pessoas
depois do fim dessa pandemia?
Quanto vale uma
vida para os bilionários industriais? E a do morador da periferia? E a do pobre
negro? Não são todas vidas humanas?


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