Novamente na sexta-feira, dia chuvoso, período de
quarentena, com feira antecipada e ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu
feijão e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _ Bom
dia Zé! Como vai?
(Zé) _ Bom
dia Chico. Vou bem, e essa quarentena, como tu tá?
(Chico) _Eu vou bem.
(Zé) _ A chuva
agora foi uma boa.
(Chico) _Molhando a
plantação.
(Zé) _ É, o milho,
o feijão, o amendoim.
(Chico) _Ainda bem,
pelo menos tem chovido em meio a tanta doença ruim.
(Zé) _Nem fale viu
Chico. Tanta gente morrendo com essa doença.
(Chico) _E o miserável
vai e tira o ministro da saúde, pra acabar com tudo logo.
(Zé) _Aquele
doente, ele quer que o brasileiro morra.
(Chico) _Além de não
fazer nada pra ajudar tirou quem estava fazendo, com a loucura de abrir
comércio.
(Zé) _Já tem cidade
aí que nem tem mais onde internar o povo. Daqui a pouco é capaz de faltar até caixão
e esse monstro mandando o povo ir pra rua.
(Chico) _O pior são os
fãs que ficam repetindo e ainda vão fazer carreata.
(Zé) _Queria ver
esse lote de corno ir a pé.
(Chico) _ Olhe nunca
vi gente tão burra igual os que defende esse miserável.
(Zé) _ Dois então.
Que eu também nunca vi.
(Chico) _Me dá minha
farinha aí Zé e até pra semana se Deus quiser.
(Zé) _Até Chico. E
não esqueça de lavar as mãos quando chegar em casa.


0 comentários: