Dessa vez foi na quinta-feira devido ao feriado da
paixão de Cristo na sexta, nesse período de quarentena com feira antecipada ‘seu’
Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão e o freguês Chico com o peixe na
mão chegou pra prosear:
(Zé) _Bom dia Chico.
Já comprou o peixe pra amanhã?
(Chico) _Bom dia Zé.
Comprei agorinha no açougue.
(Zé) _Comer o peixe
e ficar em casa, nada de sair depois.
(Chico) _É o negócio
ainda ‘tá’ brabo com essa doença aí.
(Zé) _Seu
presidente já saiu receitando remédio pra todo mundo.
(Chico) _Ele quer é
matar o povo. Um besta vai toma isso aí sem o médico passar depois enfarta
pronto, aí ninguém vai dizer que morreu de corona.
(Zé) _ O miserável
já está contando vantagem acha que com o remédio vai conseguir mais votos.
(Chico) _Num momento
desses esse imbecil continua pensando em eleição.
(Zé) _O brasileiro
que vá nas águas dele.
(Chico) _Quem for vai
tudo morrer afogado, quer dizer de corona.
(Zé) _Se o povo não
cuidar a gente vai ficar igual Itália e Estados Unidos que já passaram de quinze
mil mortes cada.
(Chico) _E o Equador
Zé? Vi ontem no jornal que estão enterrando o povo em caixão de papelão.
(Zé) _E nos estados
Unidos quem mais morre é o preto.
(Chico) _Vai ver é
isso que Bolsonaro quer: ver o pobre, o preto e os velhos morrerem e depois
dizer que acabou o rombo da previdência, que a pobreza diminuiu.
(Zé) _ ‘Tô’ vendo é
tudo indo pro buraco, reforma da previdência foi só pra encher mais o bolso dos
ricos.
(Chico) _Agora ele vai
querer tapar o sol com a peneira com esses seiscentos reais.
(Zé) _ Pois é.
(Chico) _Vou indo Zé.
Até semana que vem, que dia mesmo?
(Zé) _ Acho que é
Sexta porque a quarentena continua.
Feliz páscoa
pra você e sua família.
(Chico) _Pra você
também. Abraço pra dona Maria.


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