Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _Bom dia Chico, como foi de ano?
(Chico) _Bom dia, fui bem! E o amigo?
(Zé) _Bem. Como diz a história agente sobreviveu a 2020.
(Chico) _Verdade Zé. E 2021 já começou com teu presidente emperrando a vacina.
(Zé) _Miserável, como pode deixar de comprar seringa sabendo que tem que vacinar.
(Chico) _Enquanto isso os hospitais vão lotando de gente doente.
(Zé) _Mas o povo também contribui, viu Chico, tudo indo fazer festa de virada de ano.
(Chico) _Isso é. E a lotação pra praia Bom Jesus e tudo mais...
(Zé) _Parece até que a praia vai sair do lugar, o povo não pode esperar a vacina pra ir?
(Chico) _Vão tomam sol, curti o mar pegam o vírus e traz pra cá.
(Zé) _A pois, e ai eu quero ver controlar doença.
(Chico) _Parece que a coisa aqui nesse Brasil é tudo no tal “jeitinho”.
(Zé) _ O ano de 2020 acabou, mais a pandemia não.
(Chico) _O povo tem que tomar tento.
(Zé) _Já dizia minha finada avó: “Juízo nem todo mundo tem!”
(Chico) _Certa ela. Me dê aí minha farinha que já terminei feira.
(Zé) _ Até pra semana!
(Chico) _Até!
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