Sexta-feira manhã chuvosa, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Chico) _Bom dia Zé, como está?
(Zé) _ Bem. E tu Chico?
(Chico) _Vou bem também.
(Zé) _ Quais as novidades hoje.
(Chico) _A novidade é que já tomei a primeira dose da vacina.
(Zé) _ Ainda bem.
(Chico) _Pelo menos isso.
(Zé) _ Tu viu que aquela outra a Anvisa não quis aprovar.
(Chico) _Tanto país que já aprovou e aqueles besta procurando chifre em cabeça de cavalo.
(Zé) _E além de ser mais barata não precisa daqueles freezer tudo caro.
(Chico) _É um absurdo passando quatrocentas mil doses e o governo enjeitando vacina.
(Zé) _O combate ao vírus aqui é deixar o povo morrer.
(Chico) _Me dá aí minha farinha que já vou.
(Zé) _Espero que a CPI resolva.
(Chico) _O pior é que aqui os casos só aumentando.
(Zé) _O governo não faz aparte dele, os jovens não fazem, daqui a pouco não sobra mais ninguém.
(Chico) _Sobra quem já tomou a vacina.
(Zé) _ Tu mesmo tem que ir tomar a outra dose.
(Chico) _Só daqui a noventa dias.
(Zé) _Daqui pra lá muitos ainda vão morrer infelizmente.
(Chico) _Nem fale a projeção é de meio milhão.
(Zé) _A sorte é a chuva caindo.
(Chico) _Até pra semana.
(Zé) _Até!


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