Os países disputam entre si em uma verdadeira guerra para aquisição de vacinas. Enquanto no planeta já foi ultrapassado 1 bilhão de doses aplicadas da vacina contra a covid-19 doze países ainda não vacinam. (Segundo agência AFP).
Desse um bilhão 58% foi administrada em 3 países: Estados Unidos (225,6 milhões de doses), China (216,1 milhões de doses) e Índia (138,4 milhões). Dos países ainda não começaram a vacinar Tanzânia, Madagascar, Burkina Faso, Chade, Burundi, República Centro-Africana e Eritreia, ficam na África. Os outros que não iniciaram são: Vanuatu, Samoa, Kiribati, Coréia do Norte e na América somente o Haiti.
Se no mundo a disputa é entre os países ricos e a exclusão dos mais pobres da vacinação, no Brasil a disputa é interna. Governadores e prefeitos tentam obter doses enquanto o presidente do país manda que comprem na casa da mãe.
Governadores foram ao supremo para pedir que a Anvisa desse o parecer sobre a liberação da vacina emergencial Sputnik V. A agência negou a liberação alegando que os testes clínicos mostraram a recombinação e a recuperação da capacidade de replicação de um adenovírus relacionado à vacina, o que traria insegurança para a saúde da população.
O Centro Gamaleya, que realiza um controle de qualidade rigoroso de todos os locais de produção da Sputnik V, confirmou que nenhum adenovírus competente para replicação (RCA) foi encontrado em qualquer um dos lotes de vacina Sputnik V que foram produzidos. Os controles de qualidade existentes garantem que nenhum RCA possa existir na vacina Sputnik V. (CLIQUEAQUI)
A equipe também ressaltou que a Sputnik teve eficácia e segurança reconhecidas por 61 reguladores de países que autorizaram a aplicação do produto em suas populações. A vacina teve 97,6% de eficácia em estudo feito na Rússia depois da imunização de 3,8 milhões de pessoas, segundo também destacou o laboratório.
A Sputnik V é produzida em parceria com a farmacêutica brasileira União Química e seria fabricada em plantas técnicas localizadas no Distrito Federal e em São Paulo.
Agora o Ministério da Ciência e Tecnologia deu parecer favorável a vacina, dizendo que o imunizante Russo é seguro.
Enquanto essa briga interna ocorre no ano de 2021 já morreram mais pessoas de covid-19 no Brasil do que no ano de 2020 inteiro e estamos apenas no quarto mês do ano.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai rever a decisão da Anvisa já nesta semana, quando ouvir uma moção de 7 estados brasileiros cujos governos estão se esforçando para salvar vidas e acelerar seus programas de vacinação, trazendo vacinas mais seguras e eficientes para o país.
No cenário Mundial a disputa criada entre a vacina da Astrazeneca e a Sputnik nos países da união europeia gera uma rejeição ao imunizante Russo até terem ocorrido casos (pouquíssimos) de coágulos em pessoas vacinadas com a vacina inglesa.
A AstraZeneca tem se aproveitado da vacina para fazer acordos comerciais na empresa a Família Wallenberg possui participação através do grupo sueco Investor. A Família Wallenberg também tem parte proprietária da Saab, que junto com o Brasil desenvolve o caça F-39 Gripen, e também é proprietária da Ericsson, interessada no leilão do 5G.
Outra empresa a Pfizer (cujo imunizante necessita de super congeladores) pediu a alguns países que colocassem seus ativos soberanos —bases militares — como garantia contra o custo de futuros processos judiciais por efeitos colaterais. A investigação do Bureau of Investigative Journalism apresenta a forma dura com a qual a Pfizer tem tratado os governos periféricos, principalmente da América Latina.
Se tivesse uma Indústria farmacêutica forte e feito como Cuba que desenvolveu sua própria vacina, duas já na última fase de testes, o Brasil já poderia estar vacinando o dobro do que tem vacinado já que o ritmo de vacinação atual é maior que o de fabricação.



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