Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _Bom dia Chico! Como vai?
(Chico) _Bem. E você?
(Zé) _Vou bem, a chuvinha ajudando.
(Chico) _É o ano não ‘tá’ pior por causa da chuva, porque a pandemia ainda não foi reduzida.
(Zé) _Ainda bem que aqui diminui os casos. Mas o povo relaxou demais, volta e meia passa um sem máscara.
(Chico) _E a fabricação das vacinas tornou parar sem o ingrediente.
(Zé) _Quem tomou a primeira agora dá pra esperar mas quem já estava na data de tomar a segunda tem que esperar vim mais.
(Chico) _ E a CPI vai rendendo.
(Zé) _Mas sem essa CPI ‘tá’ botando pressão, sem isso eles não iriam comprar vacina.
(Chico) _Isso é. Tu viu que o general teve pra desmaiar.
(Zé) _Na hora do aperto a gente vê a valentia do homem indo embora.
(Chico)_ Ô cabra frouxo!
(Zé) _Pelo menos aqui tá sossegado e lá naquele país em guerra.
(Chico) _Nem fale como pode uma guerra no meio de uma doença dessas.
(Zé) _ Tem gente que quer mesmo é o fim do mundo.
(Chico) _Só Deus pra por um limite no ser humano. Quem não ‘tá’ aprendendo com a doença, não aprende mais.
(Zé) _Isso é. O bicho difícil de lidar é gente.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _ Até pra semana!
(Chico) _Até!


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