Sexta-feira manhã chuvosa, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _Bom dia Chico! Quer dizer que sábado passado o bicho pegou?
(Chico) _Bom dia Zé! E não é que foi mesmo.
(Zé) _O povo foi pra sua mesmo com a pandemia.
(Chico) _Mas todo mundo estava com máscara respeitando a distância.
(Zé) _ E ainda teve panelaço no meio da semana.
(Chico) _A gora sábado os protestos foram nas cidades do interior também.
(Zé) _ Haja trator pra ele comprar deputado agora.
(Chico) _Não sei o que é que estão esperando.
(Zé) _Me aprece que ‘tão’ empurrando esse impeachment com a barriga até a eleição.
(Chico) _Eu acho que um ano e sete meses ainda é muito pra ter que esperar pra ver esse genocida sair.
(Zé) _Também acho Chico.
(Chico) _Essa copa que veio pra cá do nada?
(Zé) _Aí é mais uma notícia pra disfarçar. Toda semana ele inventavam coisa pra desviar o foco da roubalheira.
(Chico) _Isso é! E a copa veio como uma luva.
(Zé) _Esse negócio de ter e não ter dá no mesmo, se já ‘tá’ tendo jogo sem torcida.
(Chico) _Também acho. Se parece o campeonato brasileiro eles teriam tomado providência mais ligeiro.
(Zé) _E se pode um porque não pode outro.
(Chico) _A pois, eles lá que briguem, quero é que ele cai fora.
(Zé) _E que vá logo.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Até pra semana!
(Chico) _Até!


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