Sexta-feira manhã ensolarada, ainda no isolamento social brasileiro, ‘seu’ Zé estava vendendo sua farinha e seu feijão na feira e o freguês Chico chegou pra comprar e prosear:
(Zé) _ Bom dia! Como vai?
(Chico) _ Vou bem, com saúde o resto a gente corre atrás. E tu?
(Zé) _ Vou bem também, aqui na luta do dia-a-dia.
(Chico) _Que presepada foi aquela do sete de setembro?
(Zé) _ Nunca que vi disso, ao invés de fazer um desfile certo foi convidar os fãs pra brigar.
(Chico) _Numa rua o povo pedindo impeachment, na outra comemorando a alta da gasolina, da luz e dos alimentos.
(Zé) _Como sempre digo, quem apoia ele é pior do que ele.
(Chico) _Mesmo assim ainda me espanta, depois de meio milhão de mortos, a carestia que está ainda tem besta apoiando.
(Zé) _Gente doida sem noção, até cego ver que esse cara ‘tá’ destruindo o Brasil.
(Chico) _E o pior é que no outro dia ele ‘arregou’.
(Zé) _Depois que fez e aconteceu, mandou carta, agora queria saber quem pagou aquela ‘muvuca’ toda.
(Chico) _Deve ter saído do nosso bolso, com certeza.
(Zé) _ Do bolso dele é que não foi.
(Chico) _Me dá minha farinha que já vou.
(Zé) _Uma coisa é certa, enquanto ele comprar os deputado ele não cai.
(Chico) _Você ver que aquele Lira desconversou, que foi tudo em paz na rua.
(Zé) _Conversa de quem se vendeu.
(Chico) _E o país segue afundando.
(Zé) _ Até pra semana!
(Chico) _Até!


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