Apesar daquele velho jogo midiático de: ou é de direita ou é de esquerda, temos no Brasil diversas ideologias que vão além da defesa do neoliberalismo ou do socialismo.
Para começar é preciso retornarmos a origem do termo “direita” e “esquerda”, surgiram na Inglaterra pós revolução civil no século XVII com a restauração da Câmara dos Lordes, depois de ter sido abolida em 1649 pelo governo revolucionário que tomou o poder durante a Guerra, os lordes da situação sentam-se à direita, enquanto a oposição senta-se à esquerda, já os membros neutros sentam-se frente à bancada.
Posteriormente o conceito de “direita” foi atrelada a ideia do modelo econômico vigente o “capitalismo neoliberal” que é a favor do estado mínimo e contra educação e saúde públicas defendendo que ambos devem fazer parte da iniciativa privada, ao estado competiria apenas a segurança e a sociedade se divide em classes A, B, C, D e E, conforme renda dos indivíduos. Em contrapartida a ideia de “esquerda” foi atrelada ao “socialismo” modelo econômico em que o estado é responsável pela saúde, educação, economia e outras atribuições, e as diferenças entre classes sociais deixariam de existir com distribuição de renda.
Aqueles que não se encaixam nem na direita nem na esquerda seriam os de “centro”. Na prática são os fisiologistas, não apoiam uma ideia apoiam quem está no poder em troca de cargos.
Mas entre o socialismo e o capitalismo existe um meio termo que é o Estado de Bem Estar Social em que mesmo com a economia capitalista e o livre mercado, o Estado garante as condições mínimas para a classe trabalhadora como educação e saúde de alta qualidade. Esse modelo foi adotado em diversos países da Europa.
Há um ano do segundo turno das eleições presidenciais a mídia vai tentar continuar com a velha ideia de direita ou esquerda, uma falsa dicotomia. Mas o que precisamos debater é quem tem Projeto para desenvolver o país.
As pessoas tem de deixar as paixões de lado e pensar, agir com a razão, se perguntar porque o país imperialista que fica mais ao norte do continente destrói a economia dos países da América Latina quando estes saem da estagnação e crescem um pouco.
Porque se utilizaram de Lawfare* para colocar seus fantoches na presidência dos países que compõe o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Chile) como em uma nova operação condor.
Que os eleitores percebam que sem desenvolvimento econômico ficaremos presos ao sub emprego dos aplicativos e continuaremos sendo colônia, só que de outros impérios.
O Brasil só Cresceu quando houve projetos executados para desenvolver a economia do Brasil. Foi assim com Getúlio Vargas e a Juscelino Kubitschek entre 1956 e 1961 e o plano de metas (50 anos em 5); com o Plano Nacional de Desenvolvimento I PND (1972 - 1974) durante a ditadura com Emílio Médici ocupando a presidência e o II Plano Nacional de Desenvolvimento II PND (1975 -1979) também na ditadura com Ernesto Geisel ocupando a presidência, foi uma resposta à crise econômica decorrente do primeiro choque do petróleo, no fim do chamado "milagre econômico brasileiro", período de 6 anos consecutivos com taxas de crescimento superiores a 10% ao ano.Hoje o Brasil cresce a 1 ou 2% ao ano e dos políticos só um propõem o que deve ser feito. Os demais só pensam em vender o que o país tem. E depois que gastarem o dinheiro arrecadado com as privatizações vão tirar receita de onde?
É como se o Mané e o João tivessem um mercadinho e o Zé vende o mercadinho dele porque dá muito trabalho. Já o João decidi se reorganizar, mantém o mercado aberto, supera a crise e abre mais um mercadinho. O mané gastou o dinheiro do mercadinho que vendeu e depois da crise continuou na miséria.
Porque os “empreendedores” do mercado financeiro os “day trade” da bolsa só pensam em vender o patrimônio do povo brasileiro? Porque não vendem seus “mercadinhos” já que é lucrativo vender o que tem e ficar sem nada?
O povo brasileiro precisa parar, pensar e refletir. Lembrar que o trabalhador vive do que ganha no fim do mês, não cair nessa segmentação de racismo, feminismo, e outros "ismos", se reconhecer enquanto trabalhadores.
Pensar em um projeto de país e não em uma boquinha de quatro anos. Escolher os candidatos de acordo com as propostas, e cobrar dele a execução das propostas depois de eleito, independentemente de ser de esquerda ou de direita.
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